sábado, 23 de setembro de 2023

Saboteur! Remastered


É bem conhecido do público Português a simpatia que Clive Townsend tem pelo nosso país. Já nos visitou aquando do 40º aniversário do ZX Spectrum em Cantanhede e não nos admiraríamos que voltasse ao nosso país em breve, quem sabe para apresentar algo que nos diz muito (a nossa boca é um túmulo). 

Mas falemos agora de um antigo projecto, o jogo Saboteur, que em tempos fizemos a review (ver aqui). Apenas por isso não voltamos a escrever uma nova, mas podem ter a certeza que na escala de classificação que usamos actualmente, teria um... 10! Além disso, o jogo faz parte da nossa lista dos 50 melhores jogos para o ZX Spectrum, com um honroso 44º lugar (ver aqui). Clive Townsend deu-lhe então nova roupagem, surgindo a versão Saboteur! Remastered.

Mas porquê agora uma nova versão? Clive faz questão de nos esclarecer no próprio jogo, como podem ver no ecrã acima (em Português - uma das novidades, pois foi traduzido para dez línguas, entre as quais a nossa). Saboteur foi então optimizado, tendo sido deixado de lado algumas limitações existentes na época (1985). Temos agora um jogo mais rápido e fluído, notando-se menos lentidão quando se juntam vários personagens no mesmo ecrã, com gráficos mais claros e, por vezes, novos sprites ou elementos dos cenários, novo ecrã de carregamento e até uma tabela de pontuações na qual não foram esquecidos alguns dos seus amigos Portugueses, como podem ver no ecrã abaixo.

Podem ainda comprovar as alterações gráficas assim que iniciam a missão. Por exemplo, debaixo de água conseguimos agora ver a silhueta do ninja.


Ao nível da mecânica é que não existiram alterações. Também não era necessário, pois Saboteur já se aproximava da perfeição. Continuamos a ter os mesmos níveis de dificuldade, sendo o tempo o principal inimigo, pelo menos nos níveis mais fáceis.

O mapa também permanece igual, pelo que rapidamente conseguimos terminar a missão mais fácil. Ao contrário de Saboteur II, no qual os mais de 600 ecrãs tornavam a tarefa de memorizar o mapa do jogo uma tarefa complicadíssima (mesmo com a ajuda do ecrã de carregamento), em Saboteur facilmente nos orientamos pelos três níveis, acessíveis através das carruagens de metro.

Assim, estas novidades tornam esta nova edição física imprescindível. Ainda mais porque tem selo Português, ou não fosse lançada pela Teknamic Software, dos nossos amigos (e colaboradores) Filipe Veiga e Marcus Garrett.

Podem vir aqui adquirir o jogo. Além de ficarem com uma peça única na vossa coleção, estão a ajudar uma editora Portuguesa e o simpatiquíssimo Galês Clive Townsend, provando que esse pequeno país tem mais do que o rugby e a boa música dos The Alarm. 

8 comentários:

  1. É sempre bom ver este jogos icónicos terem uma nova vida. Gostei também do facto ser possível selecionar o idioma no Lado B da cassete.

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  2. Descobri agora na página do Clive Townsend o anúncio a mais um jogo da saga Saboteur exclusivo para o spectrum: "The Porto Problem".
    Pelo desenho..., não me digam que é mesmo a cidade do Porto?
    Sabem alguma coisa da história ou do jogo?
    Isto promete!

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  3. E entretanto o Remastered já esgotou. Foi uma grande aposta, parabéns à Teknamic.

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