Nome: Retro Robbins in Micro Blitz
Editora: MicroChops / Northern Games
Autor: Lee Stevenson
Ano de lançamento: 2024
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 /128 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Não disponível
Lee Stevenson regressa com mais um jogo bem ao seu estilo, desta vez colocando-nos na pele de um personagem muito conhecida e querida da comunidade do ZX Spectrum: Wayne Robbins. Mas além de desta vez assumirmos o papel de uma personagem bem real, ao invés de cabelos e gatos (que nunca são demais), este novo trabalho tem mais algumas novidades.
A primeira delas surge assim que o belíssimo ecrã de carregamento é carregado, com uma voz sintetizada a exclamar claramente Retro Robbins. Logo ai percebemos que não vamos estar perante apenas mais um jogo de plataformas estandardizado. De facto, Lee consegue colocar sempre nos seus trabalhos pequenos pormenores que o distinguem da enorme concorrência que por aí anda, muito por força dos actuais motores como o La Churrera, o AGD, o SEUD ou o ZX Game Maker, que permitem mesmo a quem não é programador profissional, possa apresentar os seus jogos de forma muito competente (por falar nisso, presumimos que este jogo tenha sido criado com o MPAGD, embora não o tenhamos visto referido em algum lado).
Temos depois a história deste jogo, verdadeiramente hilariante. Já sabíamos que Wayne Robbins era um coleccionador nato, mas daí até se infiltrar na sede da renovada Crash para tentar conseguir objectos retro para o seu próximo vídeo do YouTube, é algo que nunca nos lembraríamos. Pois Lee Stevenson e a sua equipa lembraram-se disso, e ainda bem, doutra forma não poderíamos usufruir deste muito engraçado trabalho.
Convém dizer que para já ainda se encontra apenas à venda em versão física. Mas brevemente irá também haver uma segunda versão, que fará parte da covertape do próximo anuário da Crash, e que chegará em breve às caixas de correio de quem a encomendou, tornando este Natal um pouco mais alegre. Também sabemos que essa nova versão irá ter uns interessantes extras, e sem desvendar muito o véu, poderemos dizer que, quer graficamente, quer musicalmente, irá ter motivos Natalícios.
Outro elemento novo que desta vez Lee introduziu no seu trabalho é o da camuflagem. Claro que Retro Robbins é um coleccionador nato e um assassino impiedoso, mas nunca lhe passaria pela cabeça fazer mal aos residentes das Crash Towers, por muito que tenham um aspecto alienígena ou mesmo perigoso. Assim, Robbins não tem qualquer arma consigo, mas tem uma importante capacidade, a de se camuflar. Para isso, esconde-se debaixo da sua capa e os inimigos passam por ele sem o detectar. Para se conseguir cumprir com a missão e apanhar os 15 objectos que foram deixados na Crash, é necessário dominar com mestria esta capacidade.
Além dos inimigos móveis, que vão rondando o cenário em padrões mais ou menos regulares, Robbins tem ainda outros motivos de preocupação. Obviamente que um edifício como o da Crash, com tantos e tão valiosos objectos retro lá guardados, tem que estar devidamente vigiado, não vá haver tentações por parte dos amigos do alheio, por muito simpáticos que eles sejam, como é o caso de Robbins. Assim, as câmaras de vigilância vão fazendo o seu trabalho, emitindo regularmente alguns feixes luminosos que se apanham o nosso personagem, este perde uma das suas vidas (tem mais vidas que um gato, diga-se).
Existem também entradas que se encontram electrificadas. Há que encontrar a forma de as desimpedir e isso muitas vezes passa por mover alguns objectos dos cenários para se conseguir chegar mais alto. Assim, cadeiras, mesas, pacotes de correio que vão sendo despachados e estão em movimento, até monitores de computadores, tudo pode servir para se conseguir chegar a pontos que aparentemente estão inacessíveis. E mesmo aqueles que parece que não poderão ser alcançados, de uma forma ou doutra conseguiremos lá ir, nem que seja através de outras salas. A ordem é explorar tudo.
Mas, de longe, aquele que nos parece o obstáculo mais difícil de transpor, e que vai implicar sermos apanhados com a boca na botija inúmeras vezes, são os tubos de ventilação, os quais nos puxam continuamente numa determinada direcção, Tudo estaria bem, não existissem feixes electrificados pelo meio para nos aquecer (demasiado).
Mesmo com tantas dificuldades, o jogo é bastante acessível, inclusive para quem jogue no nível mais avançado. Nesse, Robbins poderá ser apanhado 10 vezes em falso antes de ser colocado na prisão. Já no nível mais fácil, a polícia do retro é bastante mais tolerante, tendo este nosso anti-herói a possibilidade de "escorregar" 50 vezes.
Se graficamente, os ecrãs estão ao nível a que Lee já nos habituou (basta olharem para as imagens que deixamos para terem uma boa ideia do que vão encontrar), no que toca à música, esta fica mais uma vez a cargo do Pedro Pimenta e do Rich Hollins, o primeiro para o modo 128K, o segundo para a versão 48K. E não nos desilude, como já é habitual neles, criando a atmosfera perfeita para este jogo. Ansiamos agora pela versão Natalícia para ver o que esta equipa nos vai oferecer.
Retro Robbins in Micro Blitz é assim um jogo muito divertido. É por uma unha negra que não tem o galardão de Mega Jogo. Fosse um pouco maior, facilmente o obteria. Mesmo assim, não sendo o maior dos jogos criados por Lee, tem substrato mais do que suficiente para passarmos umas horas muito divertidas na pele de Wayne (Retro) Robbins. Podem assim adquirir este jogo à confiança, tem o selo de qualidade da Crash e também de Planeta Sinclair.
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