Nome: Akane
Editora: NA
Autor: Oscar Llamas
Ano de lançamento: 2021
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Depois de Mabus Mania, Hicks está de volta com a sequela a Ninja Poison, jogo lançado no início do ano e que apesar de elogiado pela crítica, não foi assim tanto do nosso agrado, pois encontrámos alguns problemas ao nível da jogabilidade, muito por força de um excessivo grau de dificuldade, que em vez de tornar o desafio estimulante, tornava-o frustrante. Tínhamos assim algum receio daquilo que íamos encontrar em Akane, mas felizmente que o grau de dificuldade baixou um pouco, permitindo ao jogador médio conseguir levá-lo até ao fim. Deixou assim de apenas ser possível de ser terminado por alguns eleitos...
O grau de dificuldade baixou fundamentalmente por dois factores (deixou de ser impossível, para ser "apenas" muito difícil). Em primeiro lugar, deixa de ser "pixel perfect". O nosso personagem tem agora possibilidade de disparar shurikens contra os inimigos (somos um ninja, lembrem-se disso), modificando completamente a mecânica do jogo. Por outro lado, embora se mantenha a necessidade de se obter rapidamente o antidoto que permite continuarmos vivos, tal como acontecia em Ninja Poison, é agora possível forçarmos o seu aparecimento, para isso bastando ir eliminando os inimigos do ecrã.
Mas vamos ver então a ligação com o primeiro episódio. Sete dias se passaram desde que Ony Anthrax contaminou o reino de Sindara com seu veneno mortal (é óbvio que no episódio anterior não lhe conseguimos dar um fim definitivo). Akane, a última representante do clã Haoken e noiva de Riuken (o herói de Ninja Poison), chega ao laboratório onde Riuken foi visto pela última vez com vida. Tem agora que usar todas as suas habilidades ninja, como o poder de Dash (já vamos ver o que isso é), para alcançar lugares que de outra forma seriam inacessíveis. Além disso, pode ir atirando shurikens contra os inimigos, abrindo assim caminho à bruta. Mas é preciso ter cuidado, pois Akane, tal como os restantes habitantes de Sindara, estão envenenados, necessitando de apanhar os antídotos que curam temporariamente.
Dos shurikens já falámos, resta apenas acrescentar que é bom sermos certeiros. Apenas o temos disponível, quando este atinge um inimigo ou desaparece no vazio. No entanto, se por acaso falhamos o alvo e este vai contra qualquer obstáculo, fica lá pregado e temos necessariamente que ir até ele para o recuperar, pelo menos enquanto estivermos nesse ecrã, doutra forma ficamos sem "munições". Uma excelente ideia do programador, pois assim evita termos dedo leve no gatilho, o que simplificaria demasiado a missão. Já agora, uma boa estratégia será em alguns pontos "pregar" o shuriken na parede, esperando que o inimigo vá até ele (qualquer toque desse como o shuriken é fatal).
Quanto ao poder de Dash, esta é outra das novidades deste jogo. Assim, quando as plataformas se encontram fora do alcance, é possível usar este poder para aumentarmos a distância horizontal do salto. Da mesma forma, é possível deslocarmo-nos mais rápido, quase como se fôssemos tele-transportados para um pouco mais à frente. Mais uma vez, há que usar com parcimónia, uma vez que depois de ser usado, tem que se aguardar uns segundos até o poder ser recarregado.
Além destes elementos novos, Hicks também aumentou a diversidade relativamente a Ninja Poison, dando-lhe um cariz de aventura de arcada. Assim, há que procurar os objectos que desbloqueiam algumas salas ou pontos do cenário, obrigando-nos a explorar todos os cenários. Obriga-nos também a percorrer os caminhos por diversas vezes, aumentando assim a longevidade deste jogo.
Graficamente não tem grandes diferenças relativamente à prequela, no entanto notam-se alguns problemas de atributos, mas nada que possa incomodar a quem esteja habituado a jogos para o Spectrum. Afinal de contas, o colour clash não é um defeito, antes uma característica...
Existe assim uma boa evolução, os novos elementos e a maior diversidade fazem com que Akane seja um jogo mais completo. Estamos convencidos que mais tarde ou mais cedo, Hicks irá conseguir o golpe de asa que lhe permita aproximar-se da bitola de jogos como Níxy ou Cocoa, já que boas ideias não lhe falta.
Gracias por el análisis. Hay un error en el campo editor por favor corrijamos cuando pueda. Saludos!
ResponderEliminar