quinta-feira, 8 de abril de 2021

Mabus Mania


Nome: Mabus Mania
Editora: NA
Autor: Hicks
Ano de lançamento: 2021
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Pouco tempo depois de Ninja Poison (parte I), Hicks volta à carga com Mabus Mania. Curiosamente Mabus Mania é bastante mais simples que o primeiro, no entanto com muito maior jogabilidade. O principal problema em Ninja Posion residia no seu excessivo grau de dificuldade, que a par de um sistema de colisão penalizador, impediu muita gente de conseguir avançar e ver algumas das boas surpresas que o programador tinha colocado em níveis mais avançados. Chegava a ser frustrante perder-se todas as vidas num único ecrã e, numa altura em que saem mais de 200 jogos por ano, se não existir uma sensação real de progressão, facilmente se desiste e se procura desafios mais motivadores. 

Mas Hicks esteve sensível aos argumentos da comunidade e criou agora um jogo onde o nível de dificuldade é progressivo. À medida que vamos avançando nos níveis, a exigência vai sendo maior. Mas nessa altura, já estamos totalmente absorvidos pelo jogo, e também mais experientes, pelo que a percentagem de pessoas que desistem a meio é muito inferior. Há um convite explícito a ir-se até ao fim, um pouco o que se passava com S.O.L.O., recentemente lançado. 


A história é também tão simples como o jogo. Mabus chega a casa depois de um duro dia de trabalho, disposto a jugar os seus videojogos favoritos. Mas a sua esposa decidiu fazer uma limpeza e deitou fora todos os jogos. Com esta pequena introdução, assim começa esta aventura, que nos vai prender ao longo de 36 ecrãs...

O jogo nada tem de inovador, entramos aqui no campo dos típicos platformers, com objectos para recolher antes de se poder ir ao ponto que leva ao nível seguinte (neste caso uma porta que se abre depois de recolhidas as disquetes). Os muitos inimigos que patrulham os ecrãs também nada têm que não tenhamos visto em muitos outros desafios criados com o Arcade Game Designer ou La Churrera. Então porque é que somos atraídos por Mabus Mania? Pela sua grande jogabilidade, e foi aqui que Hicks, ao contrário daquilo que fez em Ninja Poison, acertou no alvo. A fluidez de movimentos, um sistema de colisão justo, e cenários muito variáveis e imaginativos, conseguem cativar o jogador de imediato.


Também não é preciso grande ciência, os caminhos a serem feitos são bastante óbvios. A decisão principal está apenas em decidir se deveremos recolher, ou não, a consola. Por um lado concede pontos, mas por outro, reduz o tempo para metade. Mas até nisso o programador foi bondoso, pois existe tempo mais que suficiente para se terminar os níveis, mesmo se tivermos que perder previamente alguns segundos para os estudar (atenção que em alguns temos que dar imediatamente corda aos sapatos, doutra forma um inimigo vem contra nós).

Assim, não sendo Mabus Mania de alguma forma complexo ou inovador, tem aquilo que é mais importante: é divertido. Tem aquele toque de "vamos tentar mais uma vez", e gráficos e cenários agradáveis, a convidarem a ver o que se segue nos níveis seguintes. Apenas a música se torna um pouco repetitiva passado algum tempo, mas nada que não tenha remédio.

Quem então gosta de um típico jogo de plataformas típico, Mabus Mania é a escolha certa. Ficamos agora à espera de Ninja Poison parte II, quem sabe não venhamos a ter outra boa surpresa.
  

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