sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Echoes of Atlantis

Depois de uma longa pausa de quase um ano, Luís Peres está de volta. E se pensam que ele esteve parado durante esse período, desenganem-se. É que o seu novo jogo é composto por seis partes (!!!!!) e contém muitos elementos novos e que o Luís ainda não tinha colocado em jogos anteriores.

Deixamos aqui um pequeno parêntesis: para todos aqueles que agora estão de regresso ao ZX Spectrum, muito por força do The Spectrum, o Luís é o autor de Space 1999: the Invasion, Eclipsia, Shangri-La e A Terrific Weekend Adventure, tendo este último dado inclusive origem a um excelente livro ao bom estilo dos Cinco (ver aqui).  

A história de Echoes of Atlantis é muito prometedora. Ora vejamos...

Viaja milhares de anos até ao passado e entra nos impressionantes corredores da Biblioteca de Alexandria, onde a descoberta de um papiro misterioso te leva numa viagem inesquecível. Desenterrado de um túmulo escondido no Egito, os segredos contidos neste frágil pergaminho sussurram sobre um mundo antigo perdido no tempo. Mas isto é apenas o início.

A tua viagem levar-te-á através do mundo antigo, desde mercados movimentados, a ruínas esquecidas, enquanto descobres a verdade por detrás da lendária civilização da Atlântida. Ao longo do caminho, encontrarás aliados e adversários, resolverás quebra-cabeças complexos e reunirás os fragmentos de uma história perdida ao longo dos tempos.

Mas cuidado! Uma sombra paira sobre a tua demanda: um sinistro sacerdote egípcio tudo fará para manter enterrado o conhecimento da civilização perdida. Os seus motivos permanecem envoltos em segredo, mas o perigo segue os seus passo, obrigando-o a estar um passo à frente para sobreviver.

Tens o que é preciso para desvendar os segredos da Atlântida e trazer de volta à luz o seu conhecimento esquecido? O passado está a chamar – responderás?

O Luís propões-nos então uma viagem a este mundo perdido, que alguns dizem que ficava junto aos Açores. Será que este mistério também será desvendado, o da localização de Atlântida? Só saberemos e conseguirmos chegar até ao fim desta épica aventura.

Já o referimos, além de ser uma aventura muito maior que as anteriores do Luís, contém novos elementos. As personagens são imensas, algumas deambulam livremente pela aventura, outras seguem-nos, e algumas, como seria de esperar, querem-nos fazer mal, saltando dos locais mais inesperados.

Também como é habitual, o Luís, juntamente com o jogo, neste caso os seis ficheiros, oferece muitos extras. O seu jeito inato para a ilustração é bem visível nos lindíssimos mapas e extras que compõem este lançamento. Nem que fosse apenas por isso, valeria a pena descarregar este pacote completo.

Como podem então fazer para experimentar esta aventura épica? Basta virem aqui à página do Luís e descarregá-la. É gratuita, mas uma pequena doação é prémio justíssimo para de alguma forma compensar o imenso trabalho e tempo (mais de um ano), que o Luís dedicou a este projecto...

8 comentários:

  1. O que dizer? É um trabalho monumental.
    Assim o Luís Peres ainda vai ficar conhecido como o "Tolkien Português"!

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    1. eheh, não poderia ter melhor elogio. E ainda virão muitas surpresas dele. Just saying... :)

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    2. Obrigado pelo elogio, mas na verdade , mais do que Tolkien a verdadeira origem literaria para a minha imaginacao esta na verdade em tres escritores, Michael Ende e Ursula K L Guin que escreveram os dois livros de fantasia que me influenciaram , “ O Feiticeiro de Terramar” e “A Historia Interminavel” que é o meu romance é universo de fantasia favorito. Ambos sao a minha grande referencia na criacao de mundos de fantasia.
      É depois ha o Arthur Clarke é tambem o Stanislaw Lem que escreveram os meus dois romances de sci-fi favoritos, a saga “Rendezvous com Rama” sobre naves mundo perdidasb no espaco e “ Solaris” no que toca a mundos alienigenas originais.
      Tolkien nunca esta sequer na minha ideia quando penso em fantasia, porque os americanos com o Dungeons and Dragons estereotiparam demasiado todo o conceito “Tolkien” é por isso nao é algo que me inspire particularmente. Agora , a Historia Interminavel…

      A seguir vou trabalhar num jogo sobre uma casa assombrada, inspirado num dos meus filmes classicos favoritos, o “The Uninvited” de 1944 é que é o Casablanca com fantasmas passado em inglaterra junto ao mar.
      Este filme é outra das minha grandes referencias em termos de imaginacao.

      Portanto, obrigado pelo elogio pois se gostou do jogo , ideias nao faltam e mais se seguirao pois adoro criar aventuras.

      É talvez este ano ainda lance um jogo em FREESCAPE tambem…. ;)

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    3. Excelente trabalho! Muito obrigado pela partilha!

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  2. De nada, obrigado também por ir seguindo as nossas "coisas" :)

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  3. Excelente! Já sou um dos contribuidores e tenho uma questão para o desenvolvedor... Alguma hipótese de uma versão na lingua de Camões? Obrigado e continua o bom trabalho.

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    1. Penso criar versoes em Portugues para todos os meus jogos. Neste momento so ha duas coisas que me impedem de fazer isso logo. A primeira é o meu trabalho em ilustracao , que em 2025 vai ser intenso. Por isso, nenhum tempo para a versao Portuguesa para ja. Isto porque nao é so traduzir o idioma. É muito mais complicado que isso. Isto porque é um grande problema de memoria no ZX spectrum.
      Ou seja, por exemplo um texto em ingles pode ocupar 10 bytes, mas a versao portuguesa se calhar ate precisa de mais palavras e o mesmo texto ja ocupa 20 ou ate mais.
      Outro exemplo, Isto reflete-se muito nos verbos…
      O verbo “get” em ingles tem 3 letras e nem 1 byte ocupa mas se fizer a versao em Portugues, “get”, passa a “apanhar”, ou seja o dobro das letras é o dobro do tamanho no que toca a gastar memoria.

      Se os jogos que eu fiz tivessem sido em Portugues , estes nao poderiam ser feitos da mesma maneira e garanto que seriam muito mais pequenos. Por exemplo a parte 2 deste jogo que tem umas 60 localizacoes em Portugues nao podia ter sido feita, porque nao haveria memoria.

      A fazer este jogo em portugues, tenho a certeza que em vez de 6 partes vai ter pelo menos 10. So o capitulo 2 vai precisar de ser dividido em dois porque a lingua portuguesa vai necessitar de muito mais espaco.

      Neste momento cada jogo meu ocupa 99.99999% dos 21k disponiveis . Se tento mudar o verbo “get” para “apanhar” o jogo rebenta.
      Por isso qualquer versao portuguesa futura nao vai poder ser uma simples traducao, simplesmente porque nao ha memoria para alterar uma virgula has versoes inglesas.

      Como tenho o jogo gratis é so 10% das pessoas deixam uma doacao, uma das razoes porque a minha prioridade em tudo o que faço é o ingles é porque Isto para mim é uma ferramenta promocional do meu nome e site de ilustracao www.icreateworlds.net , ha sempre um potential cliente em cada pessoa fora de Portugal que ve o meu jogo e repara no meu site.

      Por isso eu faço jogos nao so porque gosto mas porque promovem o meu trabalho de ilustracao exterior tambem. E o meu publico profissional nao esta em Portugal , nao existe ilustracao em Portugal para quem nao give em Lisboa e nao tem cunhas no meio editorial lisboeta. Mas ha um mundo em ingles la fora.

      Eu trabalho em ilustracao ha 32 anos, 25 so como freelancer international ente e em Portugal ninguem sabe que eu existo sequer ou que ja ilustrei mais de 50 livros la fora. Capas, board games, etc.

      Por isso o meu faço é usar os jogos do spectrum para me promover para os meus potenciais clientes fora de Portugal é dai os Jogos em portugues nao serem uma prioridade.

      Mas na verdade no que toca ao GRAPHIC ADVENTURE CREATOR e aos seu 21k que nos da para escrevermos cada aventura, escrever em ingles ajuda a que possamos ter por vezes uma aventura em ingles do dobro do tamanho que seriamos obrigados a ter se a escrevessemos em portugues. A lingua portuguesa para dizer uma coisas simples as vezes precisa de um paragrafo, quando em ingles se pode dizer o mesmo em tres palavras e Isto reflete-se totalmente no uso de memoria para fazer jogos no ZX spectrum onde estamos tao limitados que as vezes so me sobram 2k em cada jogo para desenhar graficos. Se fosse uma aventura em portugues essencialmente teria de ser so texto para conseguir ter o conteudo que agora tenho com graficos em ingles.

      Mas aventuras em portugues , nao é algo colocado de parte. Apenas terao de ser mais basicas, mais pequenas e com um planeamento diferente. Nunca poderao ser uma traducao directa do que originalmente crio em ingles.

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  4. Obrigado, Luís! Excelente e detalhada resposta! A mesma vai ao encontro do que já esperava em alguns pontos, como a universalidade e versatilidade do inglês, mas trouxe-me um novo nível de conhecimento técnico que não possuía nem sequer entendia. Mais uma vez obrigado e fica a esperança, dentro das possibilidades, de vermos o português adaptado a algumas aventuras, mesmo correndo o risco, de serem mais básicas.

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