quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Wunderwaffe


Nome: Wunderwaffe
Editora: NA
Autor: Rafal Miazga
Ano de lançamento: 2017
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Com o aproximar-se do fim do prazo da competição ZX-Dev Conversions, começam a surgir em catadupa os jogos a concurso. O mais recente é da autoria de Rafal Miazga (Ralf, para os amigos), sendo inspirado num jogo para o Atari 8, Hans Kloss, e que por sua vez é inspirada numa série polaca, que foi também adaptação de um filme soviético. De ficar sem fôlego, não é?

Wunderwaffe remete-nos para o ambiente do Terceiro Reich. Estamos em 1944, no final da II Grande Guerra, com a Alemanha prestes a perdê-la. A única esperança de haver um volte-face é obterem novas armas de destruição maciça a serem operadas à distância, as Wunderwaffe (super-armas). A nossa missão, como agente aliado disfarçado, é infiltrarmos-nos nas montanhas dos Sudetos, local da base nazi subterrânea onde estão a ser testadas estas novas armas e obter os documentos relativos a elas e que permitirão depois combatê-las.

Temos assim que encontrar as oito partes de um documento que descreve um foguete experimental e regressar à porta de saída. Para o evitar, os nazis deixaram uma série de guardas e sentinelas, assim como tanques e robôs, que temos que eliminar, ou preferencialmente evitar. Isto porque existe um tempo muito curto para completarmos a nossa missão, e as balas são contadas.


Em termos de mecânica de jogo, faz-nos muito lembrar Dan Dare ou até Joe Blade. Temos que explorar toda a base para encontrar os documentos, mas também ir procurando as chaves que permitem abrir portas que nos levam a novas salas. A porta para a saída só se abrirá quando tivermos connosco as oito partes do documento.

Apesar do sistema de colisão até nos ser favorável, permitindo alguma margem de manobra sempre que saltamos por cima dos nossos inimigos, o jogo é extremamente difícil e rapidamente vemos a nossa energia desaparecer. Isto apesar de a podermos recarregar em alguns pontos, mas que são em número claramente insuficiente. No entanto Wunderwaffle tem também aquele toque de vamos lá tentar mais uma vez e ver se conseguimos agora chegar mais longe. É que apesar das dificuldades, como os inimigos seguem um padrão regular, vamos aos poucos memorizando a melhor forma de os ultrapassar.


Graficamente está interessante, muito colorido, com o inevitável colour clash, mas já há muito que deixámos de ter preconceitos com esta vertente, que a nosso ver até dá algum carisma aos jogos feitos para o Spectrum.  Já a música, apesar de bem conseguida, ao final de algum tempo convida-nos a baixar o som.

Assim, no cômputo geral parece-nos um jogo que vai manter o interesse por bastante tempo e será mais um sério candidato a vencer o concurso. Aguardemos agora pelas próximas conversões dos restantes candidatos que ainda não finalizaram os seus jogos, pois já vimos alguns vídeos que nos deixaram com água na boca.

Poderão aqui descarregar Wunderwaffe e as respectivas instruções.

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