sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Ramsbottom Smith and the Quest for the Yellow Spheroid


Nome: Ramsbottom Smith and the Quest for the Yellow Spheroid
Editora: Zenobi Software
Autor: Gareth Pitchford e John Wilson
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2018
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

E tal como prometido, mesmo não sendo um género no qual este escriba esteja particularmente à vontade, resolvemos explorar o jogo que relançou a Zenobi, Ramsbottom Smith and the Quest for the Yellow Spheroid. Para outras núpcias ficará Behind Closed Doors 7, pois o tempo mínimo exigido para se analisar este tipo de jogos é longo...

Também não estamos devidamente enquadrados nos jogos lançados pela Zenobi no passado, pelo que iremos fazer esta análise a partir do "zero". Não que isto seja totalmente negativo, pois assim não partimos com qualquer ideia pré-concebida (boa ou má) relativamente a esta conversão de Gareth Pitchford de um jogo criado por John Wilson, muitas luas atrás.


Ramsbottom Smith é uma espécie de alter-ego de Indiana Jones, ao qual não falta sequer o chapéu e o chicote. Acorda no seu quarto, e desde logo o seu criado começa a apressá-lo para iniciar a aventura. O mobiliário é escasso, mas é bom examinar muito bem tudo, várias vezes, se necessário, pois por vezes alguns objectos escondem outros. Assim, "search" é uma palavra mais eficaz do que "examine", por exemplo, possuindo conotações diferentes no jogo, até.

O nosso objectivo é viajar para o Bornéu e ir em busca de quatro ídolos (amarelo, azul, vermelho e verde). O primeiro deles encontra-se logo no quarto onde iniciamos a aventura, mas a partir daí será mais difícil dar com os restantes.

Mas ainda antes de chegarmos ao Bornéu teremos que passar pelo longo processo de apanhar o avião e passar a fronteira. Apanhar o passaporte é o cabo dos trabalhos, e até nos parece que existe alguma falta de coerência nas condições em que o podemos encontrar. Ou talvez seja apenas uma maldade do programador para nos dificultar a vida. É que se não saírem do quarto com todos os acessórios necessários para aventura, e não se esqueçam que vão para a floresta, então têm passagem marcada no voo de regresso, que é como quem diz, fim da missão...


Um ponto muito positivo deste jogo são os diálogos, muito bem conseguidos, por vezes brilhantes, mesmo, com um humor cáustico que não deixa ninguém indiferente. Possui a rara capacidade de, apesar de não ter qualquer imagem, nos deixar completamente absorvidos e a imaginar os cenários propostos por Gareth.

Por outro lado, esta não será a aventura mais fácil que poderão obter, e muitos principiantes irão desistir a meio, frustrados por não encontrarem os objectos que necessitam para avançar. Aliás, este será mesmo a nossa maior crítica, por vezes os puzzles não são totalmente lógicos e teremos que suar muito até perceber qual a palavra mais ajustada a cada situação.

De qualquer forma, parece-nos que os amantes das aventuras de texto irão adorar esta busca pela esfera amarela. Os restantes talvez seja melhor iniciarem-se por algo mais fácil. Consta que Behind Closed Doors 7 possui o mesmo sentido de humor apurado e é um nadinha mais fácil.

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