quinta-feira, 18 de abril de 2019

A Littlefish Big Tale


Nome: A Littlefish Big Tale
Editora: NA
Autor: Gabriele Amore
Ano de lançamento: 2019
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Confessamos que estivemos na dúvida se havíamos ou não de lançar esta review. Isto porque ainda não conseguimos perceber se estamos aqui perante um jogo finalizado, uma demo, ou apenas (mais) um exercício de programação de Gabriele Amore. Não contem assim com um ecrã de carregamento. Aliás, não contem sequer com um menu inicial, pois o ficheiro disponibilizado pelo programador leva-nos apenas para o menu do Arcade Game Designer, e ai poderemos então correr o jogo (ou alterá-lo, se o bem entendermos). Apenas vamos tratar A Littlefish Big Tale como um jogo completo, porque este tem um fim - não chegámos ao final, por razões que mais à frente diremos, mas conseguimos ver no RZX Archive o gameplay, e porque o próprio autor deu a entender que estava terminado.

Também não temos qualquer embirração com Gabriele Amore, a quem reconhecemos talento, mas de facto, praticamente todos os jogos que lança têm uma fraca ou nenhuma jogabilidade, parecem inacabados, provocam dores de cabeça pelos constantes tremeliques dos sprites, ou tudo junto, como é aqui o caso.


Nesta nova aventura, assumimos o papel de um pequeno peixe (e é pequeno, mesmo), que tem que descobrir os comprimidos que fazem com que a vida no coral retome a normalidade. E os primeiros momentos são passados à procura de chaves, que por sua vez permitem abrir as portas para outras chaves, e mais à frente dá acesso a cenários mais futuristas, embora pejados de monstros marinhos, que estranhamente se deslocam através das rochas. Mas desde de início que começam os problemas, sendo que a maioria até poderiam ser evitados caso Amore tivesse confiado o jogo a alguns testers.

São vários os bugs encontrados nos cenários dos corais, o mais grave relacionado com o facto de por vezes ficarmos presos, sem qualquer possibilidade de saída, nas rochas (se observarem com atenção, no ecrã abaixo conseguem ver o nosso pequeno peixe amarelo preso numa rocha, sem se poder movimentar). Parte destes problemas está relacionado com a ausência de scroll, levando a que quando passamos de um ecrã para outro, fiquemos completamente à nora quanto ao local onde nos encontramos, outras vezes surgindo um inimigo imediatamente por cima de nós, ou ficando entalados, como foi aqui o caso.


Embora os cenários até sejam engraçados e bastante coloridos, os sprites são pequenos, demasiados, até, e mesmo os cenários não utilizam o ecrã na totalidade, talvez para poupar memória, mas mais uma vez dando a sensação de que falta ali qualquer coisa. A jogabilidade é obviamente fraca, e também não se entende muito bem o nosso personagem estar constantemente a tremer. Percebe-se que se queira dar a sensação de que está debaixo de água, mas o resultado é uma dor de cabeça ao final de meia hora a jogar, o que de resto acontece com outros jogos deste autor.

Com tudo isso, e Amore que nos perdoe se estamos a ser injusto, não conseguimos tirar qualquer prazer em A Littlefish Big Tale. Mais uma vez se confirma aquilo que já antes dissemos, Amore perde-se em pequenos projectos que ficam inacabados, que pouco mais são que meros exercícios de programação, e embora saiba sem dúvida programar, falta-lhe saber criar um jogo.

De qualquer forma, A Littlefish Big Tale é gratuito, podendo aqui ser obtido para poderem tirar as vossas próprias conclusões.

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