Nome: F'n Balls
Editora: NA
Autor: Andrew Dansby
Ano de lançamento: 2019
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
F'n Balls, a nova brincadeira de Andrew Dansby, responsável pelo muito aclamado Xelda 1: Quest for the Golden Apple, surgiu em primeiro lugar para promover FASE, um motor que permite a criação de sprites. Mas também como uma demonstração de alguns conceitos de Inteligência Artificial, assim como uma pequena montra de sprites criados com o referido motor. Não esperem, portanto, um jogo com a profundidade e dimensão de Xelda, muito pelo contrário, são apenas pouco mais de uma dúzia de ecrãs até se completar o jogo e voltar ao início. Feita esta primeira consideração, avancemos então com a história, mesmo não sendo o mais relevante em F'n Balls.
Assumimos então a pele de Bob, the Ball, personagem com uma forma esférica que não quer ser incomodado. No entanto nem sempre aquilo que desejamos acontece, e pelos vistos toda a gente quer importunar o infeliz do Bob. Este, ao longo de cada um dos diferentes níveis, tem que apanhar a chave que permite destrancar a porta que dá acesso ao nível seguinte. No entanto, são muitos os inimigos que vagueiam livremente pelo cenário e que são irremediavelmente atraídos por Bob. Pior, cada nível tem um gerador que vai replicando os inimigos, assim de cada vez que eliminamos um, logo outro aparece no seu lugar.
A tarefa é dificultada porque não é fácil controlar Bob. Tendo uma forma esferóide, desliza livremente, levando algum tempo até se conseguir travá-lo. É necessário alguma persistência até nos habituarmos a este efeito de inércia e conseguirmos controlar a esfera de forma eficaz. Acresce existirem inúmeros obstáculos pelo meio (os blocos coloridos), que podem actuar como uma simples parede, ou podem ter um efeito indesejado no nosso personagem. Experimentem a ir contra os blocos assinalados com a letra "B" e verão aquilo que dizemos.
Mas pior, alguns blocos são mesmo mortais, e tal como os inimigos, são fatais ao mínimo toque. Felizmente que também são fatais para os nossos inimigos, e com um pouco de habilidade, e sabendo que esses nos perseguem muitas vezes pelo caminho mais curto, poderemos conseguir fazer com que toquem nos blocos mortais. Existem ainda uns tele-transportadores que, na maioria das vezes (mas nem sempre), nos enviam para um ponto mais favorável do cenário. São para ser usados sem cerimónias, pois por vezes é a única forma de conseguirmos chegar à porta de saída incólumes.
Mas por vezes nem com todos os malabarismos possíveis conseguimos evitar os inimigos, e é nessa altura que entra em acção a nossa seis tiros. Estamos munidos de uma arma que dispara uma bala de cada vez. Só após esta atingir um inimigo (preferencialmente) ou um outro obstáculo, é que pode voltar a ser disparada, pelo que convém ser usada de forma cuidadosa e apenas quando estritamente necessário, de contrário Bob pode ser apanhado de calças na mão.
F'n Balls não é um "F'n" jogo, tal como o foi Xelda. Não engraçámos particularmente com a forma de movimentar Blob (mas também nunca gostámos das dezenas de jogos que apareceram nos anos 80 em que tínhamos que controlar objectos de forma esférica). Sendo apenas uma brincadeira para demonstrar as possibilidades de FASE, é perfeitamente aceitável, mas não se espere muito mais que isso. Para se encontrar a sequela de Xelda teremos que esperar um pouco mais...
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