quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

The Man with the Golden Joystick


Nome: The Man with the Golden Joystick
Editora: Sloanysoft / Phoenixware
Autor: Dave Sloan, Nate Sloan
Ano de lançamento: 2022
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1
Memória: 48 / 128 K
Link para descarga: Aqui

E está encontrado o legítimo sucessor de Matthew Smith. Ou melhor, sucessores, pois estamos perante uma dupla de pai e filho, Dave e Nate Sloan, que desde que lançaram Manic Mulholland há pouco mais de seis meses, e com um outro jogo pelo meio, registaram uma evolução brutal, culminando agora em The Man with the Golden Joystick (uma homenagem a RetroHitch), como um dos melhores jogos de plataformas dos últimos tempos.

E porque é que dizemos que são os sucessores de Matthew Smith? Basta olhar para o ecrã com que iniciamos a missão de recolha dos 128 objectos, que mais não é que uma recriação da sala inicial de Jet Set Willy. E apesar de alguns dos ecrãs terem referências a muitos outros jogos da primeira época dourada do ZX Spectrum (e também a alguns filmes famosos), é mesmo à obra de Matthew Smith que Dave e Nate Sloan vão buscar as bases para este jogo. 

Assim, os cenários estão tão bem imaginados e com uma temática "nonsense", que diríamos que poderia ter saído da cabeça de Matthew Smith. Também aqui temos que apanhar todos os objectos que estão dispostos nos ecrãs, muitas vezes nos locais mais diabólicos, sempre com inimigos no nosso encalço. Não faltam as sanitas e muitos outros objectos que nos habituámos a ver em Jet Set Willy, mas foram acrescentados novos, tais como cuecas. Hilariante, no mínimo. Aliás, o bom humor está presente em toda a obra desta dupla, contribuindo sempre para a boa disposição. Apenas falta levarmos com a bota, numa sequência à la Monty Python, sempre que perdemos o jogo.


Mas existem também várias diferenças relativamente a Jet Set Willy. A principal é que o nível de dificuldade é substancialmente menos elevado. Se bem se recordam, no célebre jogo de Matthew Smith, qualquer colisão com um inimigo dava direito a vida perdida (sem contar com aquelas que se perdiam pelas quedas de grande altura). Aqui isto não acontece. Além do sistema de colisão ser mais generoso, foi acrescentada uma barra de energia que vai até 255. De cada vez que colidimos com um inimigo ou obstáculo mortal, é retirado um ponto à barra. Mantendo-se o contacto hostil, a barra vai decrescendo de forma constante (e bastante rápida). De qualquer forma, como consequência, o nível de dificuldade é agora bastante mais amigável, permitindo mesmo a quem não é muito habilidoso nos dedos, poder chegar ao fim após algumas tentativas. De fora fica também o infame "pixel perfect".

Alguns objectos são também manipuláveis, coisa que não acontecia em Jet Set Willy. Assim, existem locais que parecem inalcançáveis, no entanto, se observarmos bem o cenário, iremos reparar que existe algo que, se levado para o sítio certo, permite ultrapassar o obstáculo.  

Mas acima de tudo, aquilo que mais nos agradou em The Man with the Golden Joystick é a sua imensa jogabilidade, a roçar a perfeição, e que dá razão à tal evolução brutal que referimos logo inicialmente. De modo algum o jogo se torna frustrante, mesmo quando a barra de energia chega a zero e temos que recomeçar o desafio. A caminhar a esse nível, esta dupla em breve irá alcançar o galardão de Mega Jogo.

3 comentários:

  1. Brilliant! Lovely review of our game, ty so much. Super happy you enjoyed it and got the humour.

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  2. Thank you very much, this review means a lot.

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  3. Thanks you guys, and thanks for such a wonderful game ;)

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