segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Into the Eagles Nest


Nome: Into the Eagles Nest
Editora: Pandora
Autor: Kevin Parker, Robin Chapman
Ano de lançamento: 1986
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Into the Eagles Nest foi o único jogo completo lançado pela software house Pandora, mais tarde absorvida pela Players, mas foi o suficiente para a tornar conhecida no panorama do Spectrum. É que para estreia não poderia ter corrido melhor, pois este clone de Gauntlet consegue estar ao nível do jogo que o inspirou (ou melhor, até).

O cenário é aqui o da Segunda Grande Guerra, a acção decorre no dia 9 de Agosto de 1945, às 12.43 horas e assumimos o papel de um soldado dos Aliados que tem que penetrar na fortaleza do Ninho da Águia (daí o título do jogo), resgatar três sabotadores que tinham sido enviados e cuja missão foi mal-sucedida, encontrando-se agora prisioneiros dos boches, fazendo também explodir os oito pisos do castelo. Mas a missão, apesar de ter vários níveis de dificuldade, é tudo menos fácil.


Em primeiro lugar, a fortaleza está fortemente protegida. Os inimigos são às centenas e têm a capacidade de se regenerarem, isto é, mesmo depois de abatidos, se voltarmos aos locais onde antes já tínhamos estado, estes voltam a aparecer. Estamos armados com uma metralhadora, mas as munições não são ilimitadas, e embora existam abastecimentos com abundância que podem ser recolhidos (assim como comida e kits de primeiros socorros), convém serem usados com parcimónia. Até porque um tiro mal dirigido poderá atingir caixas de munições, fazendo explodir o nosso soldado.

Depois, a própria fortaleza é uma autêntico labirinto. É constituída por oito pisos, cada um deles com dezenas de ecrãs, e a nossa primeira tarefa é mesmo desenhar o mapa ou, em alternativa, memorizar os locais por onde passamos. Para dificultar a nossa tarefa, muitas portas encontram-se fechadas, necessitando de chaves para se poder entrar em certos locais. E aqui surge o elemento de estratégia deste jogo: as chaves são também em número limitado e se as usamos indiscriminadamente para a aceder a locais menos interessantes, corremos o risco de ficar bloqueados e sem alternativa a não ser o suicídio.


Quando carregamos o jogo aparece um menu inicial com várias opções, podendo-se alterar algumas das configurações que aparecem por defeito. Poderemos assim escolher o som para o modo 48 K ou 128 K, ou se jogarmos durante a noite, poderemos também abdicar de som. Poderemos ainda seleccionar o nível de dificuldade, aconselhando-se obviamente o fácil para quem se está a iniciar, fundamental para se fazer um primeiro reconhecimento da fortaleza.

Depois, quando carregamos a missão, podemos também escolher um de quatro níveis. No primeiro apenas temos que activar os explosivos de cada um dos oito pisos, mas nos seguintes já teremos que resgatar um, dois ou três sabotadores antes de podermos mandar a fortaleza pelos ares. Quando resgatamos um dos sabotadores, este acompanha-nos para todo o lado. Por vezes até nos bloqueia o caminho, mas nada que um bom tiro não resolva, o que não deixa de ser estranho.


Existe ainda uma outra opção no menu inicial que permite carregar dados. Confessamos que não percebemos ainda para que serve, embora até tenhamos o código de acesso (02303104). No entanto, quando inserimos o código, nada a acontece.

Graficamente está bastante simples mas funcional, contribuindo os cenários criados para dar a atmosfera perfeita de um castelo nazi. A vista é de cima (tipo bird's eye), à la Gauntlet, sendo a jogabilidade excelente, levando assim a que estejamos perante um dos melhores jogos do género. Quem não o experimentou ainda, não sabe o que perde...

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