domingo, 3 de maio de 2020

Pac-Hack


Nome: Pac-Hack
Editora: Highriser
Autor: Allan Turvey
Género: Labirinto
Ano de lançamento: 2020
Teclas: Não redefiníveis
Joystick:  Kempston
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Haverá na história dos videojogos algum jogo mais conhecido que Pac-Man? Temos muito dúvidas, e a avaliar pela quantidade de versões que já originou, é-nos dada razão. O Spectrum também teve a sua dose, sendo as mais famosas as da Atarisoft. A primeira, apenas chamada de Pac-Man, foi lançada em 1984 e deixou-nos um sentimento agri-doce, mesmo tendo em conta que vem dos primórdios do Spectrum. A segunda, Ms. Pac-Man, lançada um ano depois, melhorou bastante a jogabilidade. Mas apesar de tudo, continuava a não ser exactamente igual à versão original das arcadas. E foi isto que Allan Turvey se propôs agora, pegar no código original de Pac-Man e através de um processo de reverse engineering, aproximá-lo ainda mais da versão que estávamos habituados a ver nas máquinas, inclusive ao nível sonoro e gráfico, que ficaram perfeitos.

Vamos abster-nos de grandes explicações acerca do jogo, por demais conhecido, apenas dizer que controlamos Pac-Man, e tem como objectivo comer todas as pastilhas do tabuleiro. Para o evitar, Shadow (Blinky), Speedy (Pinky), Bashful (Inky) e Pokey (Clyde) perseguem-nos, cada um com características próprias, e um dos segredos para se vencer o desafio, é conhecer o modo como se comportam os nossos perseguidores. Existem ainda quatro pílulas, uma em cada canto, que depois de comidas e durante algum tempo, que vai diminuindo à medida que avançamos nos níveis, permite eliminar os nossos perseguidores. Só passamos de nível depois de comermos a última pastilha.


Durante muito tempo especulou-se também se Pac-Man teria fim. Aparentemente sim, pois chegando ao nível 255, o jogo estoira. Não sabemos se é isto que se passa nesta versão, apenas Turvey poderá revelar o segredo, mas uma coisa é certa, consegue bater aos pontos os originais da Atarisoft, aproximando-se também mais da versão de arcada.

A jogabilidade é excelente, e se quisermos ser puristas, podemos utilizar a versão sem borders reproduzindo o ecrã original. No entanto, quem conhece as máquinas de arcada, também sabe que os painéis laterais tinham motivos alusivos ao jogo, e foi isso que Turvey colocou numa versão apenas disponível para os seus patrocinadores. Os borders ganham então nova cor, representando os painéis originais. E se bem que possa não ser tão fiel ao ecrã original, não temos a mínima dúvida que a maioria das pessoas preferem esta versão.

Pac-Hack não sendo um novo jogo, antes uma reconstrução de outro, é o melhor exemplo daquilo que se consegue fazer com muitos conhecimentos técnicos ao nível da programação, como é o caso de Turvey. Mas isso já sabíamos, bastando olhar para todo o seu portfolio, pelo que seria previsível que iria sair daqui mais um vencedor, apenas não ganhando no factor originalidade. Agora dêem-nos licença, pois vamos mais uma vez tentar chegar ao nível 256 e meter o nosso nome no Guiness...

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