domingo, 11 de março de 2018

Ikari Warriors


Nome: Ikari Warriors
Editora: Elite Systems
Autor: David Shea, Nick Jones
Ano de lançamento: 1988
Género: Shoot'em'up
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 2

Commando foi um dos maiores sucessos do Spectrum. Não só porque aproveitou a boleia do filme com o mesmo nome, execrável, mas também pelo facto de ter o Scwarzenegger como personagem principal levou muitos candidatos a comando a irem ao cinema, e ainda porque de facto o jogo era engraçado e trouxe uma nova dimensão aos shooters. Este Ikari Warrios é a sequela e deveria ter saído no mesmo ano. Mas problemas com o programador inicial, entretanto substituído, levou a que aparecesse apenas dois anos depois. E o problema é que dois anos depois já não era novidade para ninguém este tipo de jogos.

Mas não se pense que Ikari Warriors é um mau jogo. Muito longe disso, embora também sofra de alguns problemas que lhe fazem diminuir um pouco a sua classificação. Mas antes vamos à sua história (como se esta interessasse, pois basicamente o que temos a fazer é disparar contra tudo o que se mexa).


O  General Alexander Bonn, das forças americanas que operam na América Central, foi capturado por um grupo de revolucionários e mantido em cativeiro. No entanto, ainda teve tempo de nos deixar um pedido de ajuda. Apanhamos uma avião para o local onde o nosso amigo está aprisionado, mas azar dos azares, despenhamo-nos no meio da selva ainda longe do quartel-general dos terroristas. E a selva está infestada de terroristas, pelo que já podem imaginar qual será a missão.

Os inimigos são mais que muitos, aparecem de todos os lados, uma vezes a pé, outras vezes de helicóptero, e por vezes estão escondidos nos edifícios prontos a fazerem-nos uma emboscada. Além das metralhadoras, alguns disparam morteiros ou atiram granadas, pelo que é proibido estarmos quietos. O segredo é movimentarmo-nos constantemente, de preferência disparando indiscriminadamente. Mas cuidado, pois as nossas munições não são ilimitadas.

Em certos locais podemos apanhar boleia de um tanque que tão simpaticamente os nossos inimigos deixaram à nossa disposição. Já não nos temos que preocupar com os tiros de metralhadora dos terroristas e é um delírio atropelá-los. Mas o tanque precisa de combustível para funcionar, pelo que se não o formos reabastecendo com regularidade (apanhando os power-ups que os nossos inimigos por vezes deixam quando são abatidos ou sempre que destruímos edifícios), depressa ficamos apeados. Além de que os tanques não foram feitos para andar dentro de água.


Tudo aqui já antes foi explorado por outros jogos (ver Jackal lançado um ano antes, por exemplo), pelo que no capítulo da inovação Ikari Warriors não ganha pontos. No entanto há uma funcionalidade que torna o jogo mais atractivo. Permite dois jogadores em simultâneo, facilitando um pouco a nossa tarefa.

Os gráficos são apenas medianos, tendo em conta que em 1988 já se exigia bastante mais, e o som (em modo 128 K) é agradável. No entanto, e apesar de estarmos perante um jogo com um grau de dificuldade elevado, por apenas existir um nível, voltando depois ao início quando o terminamos, retira-lhe longevidade.


Este é então um jogo que está a meio caminho entre o mediano e o bom. Se jogado a dois, torna-se mais divertido. De resto, quem já tem ou conhece Commando, não irá ficar impressionado com esta sequela.

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