Nome: Rubicon
Editora: Rucksack Games
Autor: John Blythe
Ano de lançamento: 2018
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 128 K
Número de jogadores: 1
Depois de Andy Johns ter libertado Níxy no início do fim-de-semana, mega-jogo, na nossa opinião, nada melhor que o terminar com mais um jogo que nos vai manter colados ao ecrã durante muito, muito tempo. E vindo do seu amigo John Blythe (entrevistámos ambos para o número 2 da revista Espectro, no ano passado).
Antes de mais referir que Rubicon, apesar de também ser criado com o motor Arcade Games Designer, é um pouco diferente dos jogos deste programador e designer, que se destaca pela qualidade dos cenários e sprites que coloca nos seus trabalhos. E já agora também nos ecrãs de carregamento, pois atente-se no belíssimo loading screen de Rubicon, tão bom ou melhor que Níxy, que também foi da sua autoria. Mas adiante, vamos à história de mais uma pérola para o Spectrum...
Assumimos aqui o papel de Nym, amoroso ser que chegou ao último dia da sua infância. E como é tradição no mundo de onde vem, tem agora que cumprir o ritual de passagem à idade adulta. Para isso tem que atravessar inteiro o diabólico labirinto Rubicon, encontrando pelo caminho os cinco Pergaminhos do Conhecimento, as três Coroas da Riqueza, o Anel de Argus e o Amuleto de Luz. Só então poderá passar pelo guardião que lhe permitirá entrar na idade adulta e encontrar o seu verdadeiro amor.
Como já devem ter percebido, a tarefa que têm perante mãos é dificílima. Não só o labirinto é um autêntico quebra-cabeças, com dezenas de entradas que vão dar a lugar algum (se tiverem sorte), ou até a caveiras (escusado será dizer o que acontece quando se lhes toca), mas existem portas (em forma de diamante) que apenas poderão ser ultrapassadas se encontrarem cartões especiais. Além disso têm que evitar dezenas de diferentes inimigos e obstáculos que povoam o labirinto, desde seres fatais ao mínimo toque, outros radioactivos que vão sugando energia, paredes também radioactivas, bolhas que vão pulando nas paredes do labirinto e que também deverão ser evitadas, enfim, uma panóplia de estranhos seres que apesar de vistosos, são tudo menos amigáveis. Mas também quem disse que a passagem à idade adulta era fácil?
A nosso favor temos muito pouco. Alguns corações que terão que ser apanhados a todo o custo e que representam mais uma vida em carteira e alguns escudos que permitem imunidade durante uns segundos, mas apenas aos seres que consomem energia (aqueles fatais ao mínimo toque ou armadilhas continuam a ter que ser evitados). E este escudo também apenas poderá ser usado uma vez, tendo que se voltar a apanhar outro escudo para termos alguma protecção extra.
Cor é coisa que também não falta e quem conhece os jogos de Blythe sabe do que aqui falamos. Mas apesar de tanta cor e de cenários esplendidamente criados, o colour clash é mínimo ou mesmo existente. Não que isso nos fizesse qualquer confusão, pois perante gráficos tão bons, o que interessaria isso, ainda mais quando se sabe que é uma característica dos jogos do Spectrum. E a melodia que acompanha Rubicon está também ao nível do restante, isto é excelente.
Mas o que mais nos impressionou é a imensa jogabilidade de Rubicon. Perante jogo tão difícil, pensar-se-ia que seria frustrante. Bem, podem contar com uma boa dose de frustração nos primeiros tempos, em especial quando demorarem n minutos para passar um obstáculo, apenas para chegarem à conclusão que o caminho é um beco sem saída. Mas rapidamente a ultrapassam e voltam ao ponto inicial para tentar um novo caminho e ver que novas maldades o programador destinou no ecrã seguinte.
Rubicon é bom, muito bom, altamente aditivo e é daqueles jogos que se quer sempre fazer mais uma tentativa. Se não acreditam, venham aqui descarregar o jogo e depois voltamos a falar. E agora desculpem-nos, mas vamos voltar a arrancar mais uns cabelos (já não nos restam muitos), e fazer mais uma tentativa de chegar à idade adulta...
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