sexta-feira, 1 de março de 2019

Cómeme el Chip


Nome: Cómeme el Chip
Editora: Beyker Soft
Autor: Sergio Vaquer Montes
Ano de lançamento: 2019
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Chip's Challenge surgiu num período já tardio do Spectrum (1990), sendo por isso relativamente desconhecido da generalidade do público. Ainda por cima vindo de uma software house que tanto lançava um grande jogo (veja-se Gauntlet, por exemplo), como punha no mercado um turkey. Não foi o caso de Chip's Callenge, que até era bastante interessante, levando todos a usar intensamente as células cinzentas. O original continha cento e quarenta e quatro níveis, mais cinco níveis secretos, e a ideia era em cada nível o nosso personagem comer todos os chips, dirigindo-se depois à porta de saída.

O mesmo se passa em Cómeme el Chip, sendo a mecânica de jogo semelhante a Return to Holy Tower. Assim, no menu inicial podemos seleccionar o mundo em que queremos iniciar o jogo, havendo cinco à disposição (correspondente a cada um dos membros da família Boliche que temos que salvar - Boby, Bernie, Bobo, Brutus e Bimba), e cada mundo tem também cinco níveis. Depois da escolha ter sido feita, uma voz sintetizada dá-nos ordem para começar a resolver o quebra cabeças. Isso passa por conseguir aceder a todas as salas ou locais que contém os chips, mas para isso teremos que evitar uma série de obstáculos, além de seleccionar muito bem o caminho que vamos percorrer, muito por culpa dos blocos com setas que nos obrigam a ir na direcção dessas. Doutra forma corremos o risco de ficar bloqueados em qualquer ponto do cenário, não restando outra alternativa que reiniciar o nível, ou irmos mesmo contra as armadilhas mortais (água, fogo, paredes, etc.).


Para nossa ajuda, existe uma barra ("help bar"), que vai sendo preenchida à medida que vamos apanhando os chips. Quando esta atinge os pontos assinalados ganhamos um bónus, que pode ser uma vida extra, a anulação dos blocos direccionais ou paredes e buracos, a concessão de tempo extra, a aquisição de mais bombas ou até ir directamente para o nível seguinte. Outro tipo de ajudas podem ser recolhidas directamente no cenário, incluindo relógios que concedem tempo extra, corações que acrescentam uma vida às nossas reservas, existindo até tele-transportadores que nos colocam em alguns pontos do cenário que doutra forma não seriam alcançáveis.

Uma nota adicional para as bombas. Estas são de extraordinária importância, pois permitem rebentar com os blocos direccionais ou outro tipo de obstáculos que estão a obstruir o caminho. Há assim que as colocar nos pontos estratégicos, se as gastamos de forma indiscriminada, mais uma vez corremos o risco de ficar bloqueados em algum ponto do cenário.


Mas o nosso maior inimigo é mesmo o tempo, pois cada nível tem um tempo limite para se conseguir alcançar a porta de saída, sempre demasiado curto. E se existe um ditado que diz que a pressa é inimiga da perfeição, este não se aplica aqui, pois teremos mesmo que correr contra o tempo, sem grandes delongas para pensar na forma de ultrapassar os obstáculos. Claro que apenas com a experiência conseguiremos ir avançando nos níveis. Aliás, a primeira sensação que temos quando iniciamos um novo nível é de pânico, pois teremos que delinear numa questão de segundos as acções a serem tomadas. Quem já participou nos "Escape Rooms" tão em voga actualmente, sabe do que estamos a falar.

Existem também dois modos de jogo, um com os cenários previamente criados ("Arcade"), mas existe o modo "Crazy", com cenários criados aleatoriamente, sendo naturalmente bastante mais difícil. Aliás, basta olhar para o ecrã em baixo, para se poder ver o caos. Quer também isso dizer que o jogo contem no total cinquenta níveis, vinte e cinco em cada modo.


Os gráficos (da autoria de Errazking, que está em todas) e o som são bastante agradáveis, mas o mais espantoso é que os efeitos visuais de Cómeme el Chip  foram programados em Basic. Não é segredo para ninguém que somos adeptos de quebra-cabeças, e este, pela sua simplicidade, também nos encantou.

Não sendo um jogo extraordinário ou com pretensões à vitória na competição ZX-DEV-MIA-Remakes, dado as super-produções que já por lá apareceram, é suficientemente bom para prestigiar ainda mais esta competição. E suficientemente bom para que não descansemos enquanto não o terminarmos (ainda vamos no início).

Cómeme el Chip é gratuito, podendo aqui ser descarregado.

9 comentários:

  1. Era un bug lo del contador de tiempo, gracias por comentarlo. Ya esta corregido en la version v1.1
    Saludos

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    Respostas
    1. Completed the game, the final screen is wonderful :)

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    2. Ya te lo has pasado?!!! quiza puse demasiado tiempo por fase... :)

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    3. No, it´s perfect. I saved my position on emulators, so I can tested the game till the end. Congrats, it´s a great game, very addictive :)

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    4. Thank you André :)

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  2. Grande Beyker como siempre !!! y además es el autor de la música del Viaje al centro de la Tierra versión extendida hace ya más de 10 años... el tiempo pasa muy rápido, pero la amistad perdura, un abrazo

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