Nome: Krap Park
Editora: NA
Autor: Jaime Grilo
Ano de lançamento: 2019
Género: Aventura
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Krap Park é já o terceiro jogo lançado por Jaime Grilo em 2019. Depois da aventura épica em quatro partes de Laetitia, e de Restless André (este a acompanhar a revista Espectro #4), chega-nos Krap Park. E apesar de ser criado à mesma com o Arcade Game Designer (tal como os restantes jogos do Jaime), Krap Park tem contornos diferentes, isso porque para se conseguir avançar no jogo tem que se ir cumprindo com uma série de tarefas numa certa sequência. Mas comecemos do início da história...
O jogo, tal como o título dá a entender, desenrola-se ao longo de 43 ecrãs num parque que se pretendia pacífico, mas que apesar de ter polícias em todos os cantos, esses convivem irmãmente com rufias, cães raivosos e outros perigos que não deveriam fazer parte de um espaço de lazer. E precisamente o líder dos rufias roubou o colar de Paula, a nossa namorada, e se não queremos perder o seu amor, teremos que o recuperar (o colar, bem entendido). Assim, o primeiro passo é encontrar o líder dos rufias, sendo-nos então exigido uma série de objectos para que o colar seja devolvido.
Da lista de objectos exigida pelo rufia constam coisas tão estranhas como 100 usd, uma picareta, uma pá, uma tesoura de jardim, um bikini, um vestido sexy, um par de algemas (marotices?), um par de óculos de sol e duas garrafas de uísque. Deverá estar a preparar uma festa de arromba, embora nos escape o que o rufia pretende fazer com a picareta e com a pá, mas não deverá ser nada de bom, certamente.
- 100 usd
- Picareta
- Tesoura de jardim
- Bikini e vestido sexy
- Par de algemas e óculos de sol
- garrafas de whisky
Tendo presente estas orientações, poderemos então começar as deambulações pelo parque em busca do colar de Paula. Em termos de mecânica, faz-nos lembrar Quahappy, isso porque a acção é vista de cima, os personagens movem-se de maneira semelhante, e existe também alguma repetitividade, sendo-nos exigindo passar pelos mesmo locais várias vezes. Assim, os 43 ecrãs existentes, na prática representam muito mais, pois terão que ser ultrapassados por várias vezes. A páginas tantas já conhecemos as manhas de todos os inimigos e a tarefa fica bastante mais facilitada. Não que o jogo seja particularmente difícil, até porque a maior dificuldade é mesmo encontrar o local dos vários objectos.
Uma curiosidade engraçada: o jogo foi sofrendo várias mudanças ao longo do seu processo de desenvolvimento, e algumas dessas mudanças, nomeadamente as gráficas, melhoraram significativamente a própria jogabilidade. Atente-se, por exemplo, na imagem de baixo, sendo a primeira versão o ecrã da esquerda, e do lado direito a versão final. Este é um processo normal, mas que muitas vezes os jogadores não imaginam sequer a quantidade de versões necessárias para se chegar a um ponto em que se consiga agradar ao máximo possível de jogadores. Quem disse que a vida de programador era fácil?
Quem conhece os restantes jogos de Jaime Grilo, sabe precisamente o que aqui vai encontrar. Destacamos, no entanto, três pontos. O primeiro a excelente música, da responsabilidade de Ironman, que no modo 128K acompanha todo o jogo. Depois, e como já é habitual, o lindíssimo ecrã de carregamento de Andy Green. E terceiro, a possibilidade de dois modos de jogo diferentes, o normal, onde os diferentes ecrãs passam de forma imediata (aquilo que acontece normalmente com os jogos criados no AGD), o segundo, Screen Magic, onde os ecrãs passam de forma gradual. Pode parecer estranho ao início, mas é apenas questão de habituação.
Krap Park é gratuito, podendo aqui ser descarregado.
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