Nome: Mr. Hair and the Kitty Katakombs
Editora: Crash
Autor: Lee Stevenson
Ano de lançamento: 2022
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui
Já há muito tempo que não fazíamos uma review em Planeta Sinclair. A razão é apenas uma: falta de tempo. De facto, com tanto jogo a ser lançado, com tanto MIA a aparecer, com tanto evento onde participamos, não temos tido tempo para escrever as nossas análises, até porque isso implica levar os jogos até ao fim. E por vezes esses são demorados. Enfim, vamos fazendo o que podemos, somos sempre poucos para tanta coisa (não é um lamento, apenas a constatação de um facto).
No entanto, quando os jogos nos chegam atempadamente e se temos algum tempo livre, fazemos questão de mostrar o nosso apreço pelos programadores. Foi isso que fizemos com este Mr. Hair and the Kitty Katakombs, o novo jogo de Lee Stevenson, que mais uma vez traz o improvável e popular herói Mr. Hair (ou Senhor Fio de Cabelo, como preferirem), para a ribalta. E tal como os restantes jogos que têm este personagem no papel principal, é de fazer arrancar os cabelos. Mas atenção, apesar de ser um jogo difícil, não é frustrante, e isso faz toda a diferença.
Já tínhamos tido a oportunidade de ver uma demo do jogo em Setembro (ver aqui). Tínhamos ficado muito bem impressionados e a versão final apenas veio confirmar a sensação com que tínhamos ficado na altura. Grandes gráficos, grande som, música excelente (de Pedro Pimenta, mais uma vez), cenários deslumbrantes e uma jogabilidade de se lhe tirar o chapéu (e deixar os cabelos ao léu). De facto, tem todos os condimentos que fazem os grandes jogos. Se alguma lacuna há a apontar é o de não ser um jogo muito grande, mas com gráficos deste calibre, mesmo repetindo-se algumas salas, a memória não daria para mais. É preciso não esquecer que estamos perante um jogo de 48K.
Referimos que existiam ecrãs repetidos. Isso não quer dizer que estejamos sempre a andar para trás e para diante. Alguns jogos, para aumentar o tempo de jogo, usam e abusam desse estratagema. Não é isso que aqui se passa. Acontece é que alguns ecrãs utilizam a mesma base gráfica, por vezes dando a sensação que já por ali passámos. Claro que às vezes temos mesmo que repetir o caminho, mas normalmente é por uma razão muito válida, como termos mais à frente que activar algo que faz desbloquear qualquer coisa atrás.
Pois, é que este Mr. Hair é muito mais que um simples jogo de plataformas. Alguns ecrãs são autênticos quebra-cabeças, por vezes fazendo-nos lembrar Cocoa (como neste jogo, por exemplo). Assim, existem elementos do cenário que têm que ser devidamente manipulados, entradas que à primeira vista não se conseguem vislumbrar, inimigos que têm que ser encurralados (existe um determinado ecrã que sem se fazer isso, muito dificilmente se consegue avançar). Ah, e a cereja em cima do bolo: temos que resgatar gatos!
Sim, os gatos são aquele extra que torna este jogo irresistível. Quem me conhece, sabe a paixão que tenho por gatos. Quando estes aparecem nos jogos, normalmente o jogo consegue imediatamente cativar-me, como aqui aconteceu. E repararam no pormenor do número de vidas do nosso personagem? Nove, tal como as vidas dos gatos, como se costuma dizer...
Assim, apenas não dizemos que este é o melhor jogo de Lee Stevenson porque todos os seus trabalhos atingem uma fasquia muito elevada. Será ingrato dizer qual é o melhor ou o pior. São todos muito bons, ponto! E preparem-se, pois a história não vai ficar por aqui. 2023 será épico...
Uma nota adicional: existem 18 gatos (esfinges) para resgatar. Se por acaso falharem algum(ns), não se preocupem, podem à mesma terminar o jogo.
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