Nome: Alien Research Centre II
Editora: Zenobi Software
Autor: John Wilson
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Confessamos que desconhecíamos Alien Research Centre, jogo lançado pela Zenobi há quase 30 anos. No entanto John Wilson lançou agora a sequela, homenageando os autores do primeiro episódio da série, e em boa hora o fez, pois permitiu-nos começar a explorar também esse jogo de 1990. Quanto a este segundo episódio, é necessariamente mais pequeno, mas nem por isso mais fácil, fazendo-nos lembrar fugazmente ISS Emergency.
Tudo começa quando Anderson é enviado para uma nave, lembrando-se que já ai tinha estado em tempos. Não sabe bem qual o objectivo da missão, mas pelo sim, pelo não, encontra-se armado com um pulse-rifle (tal e qual como em Aliens). Assim que entra na nave ouve uns barulhos estranhos, não obstante não conseguir ver quem os provoca. Mas eis que uma porta abre-se e vislumbra um ser alienígena a escapar-se pelos corredores. Parece assim que descobriu a razão pela qual foi enviado para a nave. Toda esta temática sci-fi e ambiente faz lembrar Aliens, não é? E não é por acaso, pois o objectivo final é o mesmo, matar a Rainha destas criaturas e conseguir fugir da nave em segurança.
John Wilson refere-se a esta sequela como mais uma mini-aventura, no entanto, de mini esta não tem nada. São quase duas dezenas de salas, inúmeros objectos (nem todos com utilidade), e várias formas de terminar o jogo, fazendo com que este não seja um desafio para amadores. É aconselhável alguma experiência em anteriores jogos do autor para se poder ultrapassar sem grandes problemas alguns dos obstáculos e armadilhas deixados por esse. Quer isso dizer que algumas das formas verbais utilizadas não são as mais imediatas, embora de forma alguma, deixem de fazer sentido. Aliás, tendo em conta a temática sci-fi, também não será assim tão difícil descobri-las.
Ao contrário de outros jogos de John, existem alguns pontos mortais, nomeadamente as salas nas quais as criaturas estão alojadas. Para se poder entrar nelas, é necessário qualquer coisa mais do que irmos à vista desarmada. Talvez seja melhor verificarmos todo o equipamento que nos acompanha na missão, pois apenas a arma não é suficiente para dar cabo dos alienígenas. Aconselha-se assim a ir gravando o jogo com regularidade (comandos "save" e "load", se jogarem na máquina real). Sim, o autor não se esqueceu desse pormenor e quando descarregamos o jogo, este vem acompanhado do ficheiro .wav que permite carregar no Spectrum, ou até gravar em cassete. Será isso mesmo que iremos fazer nos próximos tempos, criar uma colectânea com todos os jogos mais recentes de John Wilson, devidamente acompanhado dos jogos do seu amigo Gareth Pitchford.
E tal como em Deer Creek, de Pitchford, também para este jogo não resistimos a fazer um mapa artesanal, ajudando sobretudo nas labirínticas condutas de ventilação, locais que encerram os maiores perigos para o nosso herói. Pode não ser bonito, mas pelo menos é funcional e vai permitir antecipar algumas das armadilhas de Alien Research Centre II.
Deixamos ainda uma outra dica: tudo o que tenham que explorar, pesquisar, apanhar, etc., façam-no antes de chegarem à Rainha. Assim que forem à sala onde esta se encontra e a matarem (cuidado, pois aqui reside uma outra armadilha), pouco tempo terão para conseguir escapar da nave, não havendo espaço para qualquer hesitação. Doutra forma a missão fica incompleta, pois desintegram-se juntamente com a nave.
Dos jogos ultimamente lançados por John Wilson, este foi sem dúvida o que mais gostámos. Não só pela temática envolvida (Escape to Murky Woods já a abordava, embora de um modo mais superficial, até porque era apenas uma mini-aventura). É também aquele que apresenta os desafios mais complexos e que por isso mesmo poderão demorar mais tempo a serem resolvidos. Recomendamos assim plenamente esta aventura, tendo em conta que exige já algum background na resolução de jogos do género.
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