domingo, 18 de agosto de 2019

Escape From Dinosaur Island DX


Nome: Escape From Dinosaur Island DX
Editora: NA
Autor:  Richard Pettigrew
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Escape From Dinosaur Island DX foi criado em 2018 no formato Adventuron e chegou mesmo a entrar numa competição (IF Comp 2018), tendo obtido apenas um injusto 67º lugar. Foi recentemente transposto para o ZX Spectrum e em boa hora foi feito, pois apresenta um tema bastante refrescante, mesmo não sendo este um Verão especialmente quente por estes lados e que convide a grandes frescuras...

Andávamos então a dar um tranquilo passeio de balão quando rebenta um furacão mesmo por cima de nós, mandando-nos para milhas do local onde nos encontrávamos. Apesar de  tudo tivemos muita sorte, pois conseguimos escapar incólumes (ao contrário do balão, que ficou destruído na posterior queda), no entanto fomos parar a uma ilha misteriosa, fazendo lembrar as que apareciam nas obras de Julio Verne, que aliás será a principal inspiração para a aventura.

O primeiro é passo é conseguirmos livrar-nos dos destroços do balão e começar a explorar a ilha. Esta é habitada por dinossauros, pelos vistos até hoje tendo escapado aos olhares da humanidade. Ou quase, mas aquele que a viu não viveu para o contar. Isso mesmo iremos reparar quando encontrarmos os destroços de uma avião, assim como os restos mortais do seu piloto. No entanto, apesar de já não estar vivo para contar o que aconteceu, os seus pertences poderão ser muito úteis (fica a dica).


Se encontrar os restos do avião é uma das primeiras tarefas a realizar, conseguir roubar o ovo ao Velociraptor é um objectivo fundamental para se conseguir escapar da ilha, mas é também a acção mais perigosa. É que assim que o bicho topa que querem fazer uma omelete (ou uma sopa) da sua futura cria, faz jus ao seu nome e rapidamente se vinga do ladrão. Fica então desde já o aviso e uma dica: quando o fizerem (e terão que o fazer se querem chegar ao fim), é bom terem logo à mão um lugar seguro para lhe escapar, doutra forma serão devorados vivos. Mas outros animais entram na aventura, nomeadamente um arenque, mas será que este tem alguma utilidade? Ou será que esta espécie ("herring", em inglês) também faz jus ao nome?

A aventura é bastante fluída, com mais de duas dezenas de locais para visitar, alguns só acessíveis depois de realizadas certas tarefas, e igual número de objectos, nem todos particularmente úteis. Alguns terão também que ser fabricados com os materiais que temos à mão, dificultando um pouco mais a missão.

É também interessante a forma como o jogo começa, orientando-nos ao nível dos comandos e ajudando logo na primeira das acções (escaparmos do balão destruído). Para quem não lida habitualmente este género de jogos, esta primeira abordagem convida a persistir, ainda mais tendo em conta que nem todos se sentem à vontade com as aventuras de texto em inglês, exigindo o domínio da língua, e também porque não tem qualquer imagem, retirando-lhe os atractivos visuais (mas ganhando ao nível do texto). No entanto garantimos que quem resolver levar a aventura até ao fim não se irá sentir defraudado. Talvez não atinja a bitola de The House on the Other Side of the Storm, ou mesmo de Two days to the Race (tem em comum com este algumas frases menos conseguidas e que poderão criar alguns problemas na resolução das charadas), mas não ficará muito atrás.

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