Nome: HELL YEAH!
Editora: NA
Autor: Andy Precious
Ano de lançamento: 2020
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
"If you want to see Stone Cold open a can of whoop ass, gimme a Hell Yeah!" - "Stone Cold" Steve Austin
Muito provavelmente esta citação não tem qualquer ligação ao jogo, mas não anda longe da minha reacção ao estar perante acção frenética e infernal, onde assumimos o papel de um badass que atira chumbo em tudo que se mexe!
A história não obriga a muitas reflexões: tu e o teu irmão gémeo fazem parte de uma unidade de elite em missão ultra-secreta quando, de repente, são atirados para um vazio infernal. Perdes a vista ao teu irmão e tens que procurá-lo enquanto arrasas com uma horda de criaturas diabólicas que tiveram o desplante de se atravessarem na mira da tua arma!
Quem gostar de jogos como Astro Marine Corps irá sentir-se em casa com este HELL YEAH! Trata-se de um jogo de acção, com scroll por caracteres (8 pixeis de cada vez) e repleto de sprites coloridos e variados. Tal como os seus congéneres, temos ao dispor um arsenal de armas, e diversos power-ups que melhoram a nossa capacidade bélica ou oferecem uma invulnerabilidade temporária.
Não faltarão adversários de todas as formas e feitios para nos infernizar a vida. Soldados, caveiras voadoras, rostos diabólicos, lobisomens, entre outras aberrações que podem reduzir a nossa energia num ápice. Como se não bastasse a geografia do terreno ser hostil, com armadilhas de espetos bem afiados, e lagos de lava que vomitam bolas de fogo!
São 4 níveis que temos de atravessar, com algumas áreas onde enfrentaremos vagas de inimigos e alguns mini-bosses antes de podermos avançar. Se não tivemos armas maiores ou alguns power-ups rapidamente podemos ser cercados por muitos inimigos que nos farão um lindo estrago.
Mas apesar do aparente caos que nos leva a um frenesim de violência, há sempre uma manha ou truque que facilita a nossa missão, seja descobrindo alguns providenciais power-ups ocultos no cenário, seja identificando os padrões de ataque de alguns inimigos.
Desengane-se quem pense que está perante um mindless shooter. Não! Disparar freneticamente a torto e a direito não levará o jogador muito longe. É preciso pensar e descobrir uma tática que nos ajude a passar determinados obstáculos. Sim! O jogo é muito difícil, mas não impossível. Os níveis não são grandes, o que contrabalança bem com a elevada dificuldade.
Existem alguns detalhes na jogabilidade que podem ser um problema, dependendo do estado de espírito do jogador. O salto na diagonal consegue ser frustrante! As bolas de fogo são inconvenientes quando nos arrastam para o lago. E termos de andar nas plataformas em movimento não favorece a jogabilidade. Também há pontos do mapa que nos permite matar os inimigos ad-eternum sem sermos importunados, inflacionando artificialmente a nossa pontuação.
Estes pequenos problemas são irrelevantes se tivermos em conta que se trata do primeiro jogo (em assembly) de Andy Precious, o autor que começou o trabalho de programação em Março aquando do começo do confinamento. Sendo para o 48K é possível que alguns dos problemas que listei anteriormente sejam resultado de restrições de memória, e como tal nem me atrevo a pedir por uma música. Um loading screen também daria uma maior personalidade ao jogo. Mas no final, o que realmente conta é a diversão proporcionada pelo jogo, e nisso não falha!
Não resisto a dizer que para primeiro jogo, bem que merece um HELL YEAH!
Bom jogo e bom review.
ResponderEliminarObrigado, já valeu a pena ter escrito a review 🙂 Quanto ao jogo, tem potencial, faltaram alguns acabamentos, tomara que o autor volte ao jogo, pois merece.
EliminarQue isso Filipe Veiga. Os elogios para o review também é pelo mérito. Quem já fez sabe que não é tão fácil (escrever uma boa resenha) quanto parece. Parabéns e continue.
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