Nome: Techno Alice
Autor: Alexander Konstantinov
Ano de lançamento: 2020
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Terceiro jogo da competição Yandex Retro Games Battle 2020 que analisamos, e mais uma vez o mesmo filme. Textos apenas em russo, não deixando de ser um handicap de peso para esta proposta, tendo em conta que esta é uma competição internacional e que uma boa parte dos jurados não entende a língua, como é o nosso caso. E isto torna-se ainda mais grave, pois estamos perante uma aventura em que é fundamental entender-se os diálogos que vão acontecendo, por forma a se conseguir ir resolvendo os quebra-cabeças. Ficámos assim perdidos a meio...
Estamos também perante um jogo que não permite a redefinição de teclas (ou assim parece), sendo as escolhidas as habituais "WASD", com o agravante de depois ser necessário utilizar as teclas "UIOJKL" para exercer determinadas acções. Isto pode ser muito funcional para quem esteja habituado a jogar em consolas, mas o ZX Spectrum não é uma consola. Mais não dizemos, mas realmente custa a perceber certo tipo de escolhas que conseguem arruinar (ou quase) um jogo, ainda por cima com o potencial que Techno Alice parece ter. Enfim, não vamos bater mais no ceguinho.
Techno Alice retrata de forma futurista as aventuras de Alice no País das Maravilhas. A acção desenrola-se no planeta X, onde rebentou uma guerra em grande escala entre os habitantes locais, e seres de fora que assumem a forma de cogumelos e infectam tudo o que tocam. A salvação reside na Arca, uma nave espacial construída pelos habitantes locais, que permite levá-los para locais mais simpáticos, como o nosso planeta. No entanto, os cogumelos conseguiram invadir a nave e bloquearam o sistema de navegação, provocando um naufrágio na Terra e varrendo tudo pelo caminho, entre os quais o coelho de estimação de Alice, que se encontra agora perdido. Cabe agora a nós, que assumimos a pele de Alice, conseguir resgatá-lo. A história é mirabolante, mas também o é a obra de Lewis Carrol.
Os cenários têm tudo a ver com o mundo fantástico da obra, e não podendo uma boa parte dos jogadores apreciar o jogo em toda a sua amplitude, pelo menos vai-se deliciando com a vertente gráfica. Aos poucos, muito por tentativa e erro, lá fomos avançando. Há pormenores deliciosos, como a utilização do guarda-chuva para se voar mais longe. Outros inovadores, como a abertura das arcas. Mas tudo se resume então a encontrar os objectos e levá-los aos locais correctos. Existe bicharada pelo meio para se evitar, e obstáculos naturais como a água e o fogo, mas quando se perde a vida, recomeça-se em local próximo e com os mesmos objectos que tínhamos antes de morrer, pelo que não é grave.
Algo que se sente a falta é de uma melodia a acompanhar a aventura. Não sendo um jogo que exija muita concentração, dar-lhe ia um colorido diferente, já que o som existente é meramente minimalista. Sendo este um dos critérios de avaliação do jogo na competição, e dado o empenho que foi colocado na criação dos sprites e no desenvolvimento dos cenários, seria de esperar algo mais a este nível. E é também uma pena não haver um ecrã de carregamento a condizer, ainda mais quando tem uma introdução bastante interessante graficamente.
Assim, techno Alice tem uma história engraçada e tem potencial para cativar, quem sabe venhamos a ter no futuro uma versão que permita a redefinição de teclas e com diálogos em inglês. E já agora, segundo o programador, o jogo é apenas um prólogo para as próximas aventuras de Alice. Venham elas, então, e que sejam acessíveis a todos.
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