terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Roger the Pangolin: In 2020 Knurled Tour


Nome: Roger the Pangolin: In 2020 Knurled Tour
Editora: Ionion Games
Autor: Joefish
Ano de lançamento: 2020
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Roger the Pangolin: In 2020 Knurled Tour tem uma história tão engraçada quanto o seu nome. Assim, Dave Hughes este ano começou a preparação da Woot! um pouco mais tarde que o habitual. E como é costume, solicitou a colaboração da comunidade, que prontamente ajudou (infelizmente este ano não pudemos dar o nosso contributo). Uma das pessoas envolvidas foi então Joeyfish, que resolveu criar um clone muito colorido de Trailblazer. Desenvolveu o motor do jogo e alguns elementos da comunidade da Spectrum Computing (não podemos deixar de elogiar esta incrível página e fórum), disponibilizaram-se para imaginar alguns níveis (são 12, no total). E não foram uns elementos quaisquer, pois inclui ilustres como Einar Saukas, Jim Waterman e Karlos.

Joeyfish partilhou também com a comunidade o motor de criação dos níveis, bem como uma breve explicação de como funcionava. Não resistimos a partilhar, quer o ecrã com informação dada pelo programador, quer a própria ferramenta, extremamente simples de trabalhar (quem sabe não se aventuram a criar uns níveis extra).



Pelos ecrãs acima, e mesmo para quem não conhece Trailblazer, rapidamente se percebe o objectivo do jogo: percorrer um determinado caminho dentro de um tempo limite. Os níveis são substancialmente diferentes, ou não tivessem sido criados por quatro pessoas diferentes, e têm nomes tão engraçados como Brexit Rush ou Crevasses. Também variam em termos de  grau de dificuldade, e embora alguns sejam relativamente simples de concluir, com poucos obstáculos pelo caminhos, noutros é necessário estudar muito bem o percurso, percorrendo-o vezes sem conta, memorizando os locais onde temos que saltar ou passar para o outro lado da estrada.

A estrada é construída por blocos de diversas cores, alguns aceleram o passo do pangolim (parece um pneu a rolar), outros travam o passo, outros fazem-no saltar, mas o pior é quando não há blocos. Nesse caso, se não conseguirmos contornar o espaço em falta saltando para pontos seguros, caímos no abismo, perdendo preciosos segundos. Mas temos também uma ajuda. Assim, se repararem no ecrã, do lado esquerdo tem uma barra de "boost", que enquanto estiver carregada, permite-nos dar um salto, evitando possíveis obstáculos. Depois de esgota, temos que esperar que volte a recarregar.


O mais surpreendente de tudo isto é que, de algo que nasceu para ser apenas uma pequena brincadeira despretensiosa, tornou-se num jogo muito divertido, com um grafismo muito interessante, imensas cores, aproveitando uma nova ferramenta criada para o efeito, uma velocidade que chega a ser estonteante quando pisamos alguns blocos e, acima de tudo, com aquele toque de vamos lá tentar só mais uma vez. Tomara muitos jogos atingirem a bitola deste.

Assim, mais uma vez o magazine Woot! nos surpreende positivamente. Não só pelos conteúdos que oferece, sempre com um humor cáustico, digno herdeiro de uns Monty Python, mas porque consegue reunir a comunidade em torno de um projecto comum, oferecendo-nos depois jogos como o deste simpático pangolim, animal tão maltratado nestes últimos tempos de forma perfeitamente injusta. Nem que fosse apenas por isso, o seu criador já estava de parabéns.

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