quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Manic Panic


Nome: Manic Panic
Editora: NA
Autor: Norman Sword
Ano de lançamento: 2020
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Norman Sword, o criador de Manic Panic, é pessoa bem conhecida dentro da comunidade dos apreciadores de Manic Miner e Jet Set Willy. Já antes falámos dele (por exemplo, aqui), e é reconhecidamente um dos melhores programadores de clones das aventuras do Mineiro Willy, lançando agora uma verdadeira obra de mestre, comparada em termos de qualidade, embora em registos um pouco diferentes, a The Perils of Willy e Manic Pietro.

Deixo também uma nota pessoal. Assim, as novas reviews que vão ser feitas até ao final do ano (as da Yandex já estão todas escritas e agendadas), poderão ter algumas lacunas. Estou em recuperação de operação cirúrgica, o que me impede de passar muito tempo a testar os jogos, reflectindo-se depois numa análise um pouco mais superficial. Apenas para terem a noção, não me foi possível levar Manic Panic até ao fim, embora tenha espreitado um walkthrough de todos os níveis nos vários modos.

O que Norman Sword então nos oferece são 30 níveis à boa maneira do Manic Miner original. Alguns dos ecrãs são inspirados nos originais, outros nem por isso (impagáveis, os inspirados em clássicos das arcadas). Incluí também muitas novidades, nomeadamente adicionando diferentes inimigos e obstáculos, mas também a outros níveis, como alavancas que desbloqueiam pontos de passagem ou, mais importante, o facto de em alguns modos o toque com os inimigos não ser imediatamente fatal, antes retirando um pouco do oxigénio que nos resta para se poder concluir o nível.  

                                                                Modo Lantern

A estratégia para se conseguir passar os níveis em Manic Panic é exactamente a mesma utilizada em Manic Miner. Sendo um jogo onde é exigida precisão ao nível do tempo e local de salto, é fundamental perceber o padrão de movimentação dos inimigos. Por vezes, são tantos no ecrã (sem que diminua um bocadinho a velocidade do jogo), que se não existir sincronização perfeita de todos os saltos, não se consegue passar o nível. Dificuldade extrema, tal como no original, mas nada a que os amantes das aventuras de Willy não estejam já habituados (e que o exijam).

Mas aquilo que mais diferencia Manic Panic de todos os outros são os diferentes modos de jogo. Assim, podemos optar pelos seguintes:
  • Trainer: inicia-se com capacidade total de oxigénio, que desaparece lentamente, o contacto com inimigos não é mortal (apenas reduz oxigénio disponível).
  • Normal: oxigénio limitado, contacto com inimigos reduz mais acentuadamente o oxigénio. Depois de se terminar os 30 níveis, o modo Ace fica acessível.
  • Expert: oxigénio desaparece mais rapidamente e todos os contactos com inimigo roubam uma das três vidas com que iniciamos o desafio. Torna acessível o modo Ace.
  • Ace: como o anterior, mas o oxigénio desaparece de forma muito rápida.
  • Lantern: como o modo normal, mas a caverna encontra-se na penumbra, apenas iluminada pela lanterna que Willy carrega (que pode ser virada para o local pretendido).
  • Torch: como o modo Expert, mas a caverna encontra-se na escuridão total, apenas iluminada localmente pela tocha que Willy carrega. 
                                                        Modo Torch (quando se apanha item)

          O nosso modo preferido é o último (Torch), pois contém uma outra funcionalidade: se Willy estiver parado, o oxigénio não é reduzido. Isto permite um jogo bastante mais pausado, acentuando a vertente estratégica, mais ao gosto dos que não estão tanto virados para os jogos de arcada (como é o nosso caso). Apenas quando se recolhe um objecto, toda a caverna é alumiada por momentos (ver ecrã acima).

          Assim, se um clone de Manic Miner por norma já é garantia que teremos um desafio com uma qualidade acima do normal, os cenários muito bem imaginados e, especialmente, os diferentes modos que Norman criou neste jogo, torna-o fundamental, mesmo para aqueles que (ainda) não se enamoraram pelas aventuras do famoso mineiro.
           

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