Nome: Guns & Gears
Editora: SaNchez Crew
Autor: SaNchez, ER, n1k-o, Sinc LAIR
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: 128 K / TR-DOS
Número de jogadores: 1
Isto agora está na moda as prequelas. Mas quando têm a qualidade desta, mesmo sendo um mini-jogo, são sempre bem-vindas...
Guns & Gears é passado sete anos antes dos eventos que deram lugar a Delta's Shadow, um jogo que dispensa grandes apresentações, e que foi considerado como o segundo melhor de 2020 para Planeta Sinclair (ver aqui o GOTY 2020). Não vamos assim entrar em grandes pormenores sobre a mecânica do jogo, pois é exactamente igual a Delta's Shadow. Aliás, a ideia não foi criar um novo jogo, antes oferecer um pequeno brinde a quem adquiriu o original. Não se esperem assim horas e horas de prazer, como aconteceu o ano passado com Delta's Shadow. Mesmo assim, e apesar de Guns & Gears ter "apenas" cerca de duas ou três dezenas de ecrãs (bastante familiares, para quem conhece o original), ainda permite ocupar uma tarde inteira até se conseguir vencer o "boss" final, pelo menos sem batotas. Apenas existe um em Guns & Gears, mas não é fácil batê-lo, desde já avisamos.
Aqui a heroína da história é a moça que se vê no belíssimo ecrã de carregamento (na versão para o Spectrum Next é um delírio para os sentidos, provocando logo um certo entusiasmo, se é que nos entendem). Tudo o que ela tem que fazer é conseguir escapar da base. Mas encontra-se desarmada e a primeira tarefa é mesmo encontrar algo que permita abater os muitos inimigos que vai encontrar pelo caminho. Não vão faltar os cenários aquáticos com as piranhas e os tubarões, mas a acção é quase toda passada na base terrestre, com os familiares inimigos robóticos e canhões, assim como elevadores que permitem aceder a diversas plataforma.
Não foram esquecidos os power-ups. Assim, podemos apanhar um escudo que nos protege do impacto dos disparos adversários, ou do contacto com estes, mas bastante mais útil é apanhar aquele que nos permite o salto duplo. Aliás, sem adquirirmos esta capacidade, não vamos longe, além de que é fundamental para se conseguir derrotar o "boss" no ecrã final.
Os gráficos são mais uma vez uma pequena maravilha. Atente-se no ecrã de cima, com o dragão metálico, que representa o "boss" final. E estamos a utilizar a versão dos gráficos com média qualidade (temos a possibilidade de aumentar a qualidade nas opções iniciais, no entanto, ficam um pouco mais confusos em termos de cores). Mas no menu inicial existem ainda várias outras opções, tal como já acontecia no original. Além de podermos configurar as teclas (felizmente podemos fugir à horripilante escolha "WASD"), podemos configurar o som e música, e até o tipo de scroll (para quem não gosta do scroll típico dos jogos da equipa SaNchez - Castlevania, por exemplo, pode eliminá-lo).
Guns & Gears é então um jogo na linha de Delta's Shadow, utilizando o mesmo motor e até os mesmos cenários, não obstante o objectivo ser agora um pouco diferente. Se tem algum defeito, apenas o de ser bastante curto. Mas não se esqueçam, isto é apenas um pequeno brinde de Natal para quem adquiriu a versão original, pelo que não se poderia pedir mais. Ficamos é ansiosos pelos jogos seguintes desta saga que promete fazer furor...
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