Battle Grid

Nome: Battle Grid
Editora: NA
Autor: Gusman
Ano de lançamento: 2022
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui

Por vezes acontece isto, um jogo com uma excelente ideia, que tem tudo para dar certo, e que descamba completamente, muito por culpa de impor sem qualquer necessidade uma complexidade excessiva e nada menos que 19 teclas (!!!!), isto quando são exigidas reacções rápidas por parte do jogador. Ainda por cima, os controlos que movimentam o drone estão do lado esquerdo do teclado (incluindo a tecla de disparo, no meio das teclas da esquerda e da direita). Assim, com teclas nada funcionais, que parece que foram escolhidas propositadamente para dificultar a missão, completamente desadequadas para destros, e ainda existindo híper sensibilidade dos controles, apenas leva a que a maior parte das vezes não se consiga posicionar o drone convenientemente. Como resultado, temos um jogo frustrante (para não dizer irritante), e que a maior parte dos jogadores irão abandonar sem sequer passar o primeiro nível, que foi o que nos aconteceu.

Também não se pense que se pode avançar para o jogo sem antes se ler o extenso manual que o acompanha. A questão é: quem vai memorizar tudo o que lá vem, e que é fulcral para se conseguir avançar, incluindo as 19 teclas, dezenas de ícones e símbolos, etc.? Muito pouca gente, apostamos.

E a história até era prometedora. Estamos na Terra no Ano 2132. Após anos de conflito com o exército de Tau-Cety (que saudades da simplicidade do clássico do mestre Pete Cooke), a humanidade foi quase destruída. Forçada a viver no subsolo para evitar a extinção, joga o seu último trunfo com a criação do G.R.I.D.. Este sistema, que está a ser trabalhado há muitos anos, não é mais que um sistema avançado de campos de força, que controla remotamente drones, com o apoio de satélites.

A nossa missão é controlar o G.R.I.D., para isso usando o drone de combate e o sistema de aquisição de alvos por satélite, para destruir as tropas inimigas em tempo real. Mas se a tentação é disparar a torto e direito, pois o elevado número de teclas e  de alvos em movimento no ecrã impede que se faça qualquer gestão estratégica, conforme até vem referido nas instruções, isso não é aconselhado, pois as munições são limitadas. O resultado é apenas um, o inimigo acaba por destruir o drone mais tarde ou mais cedo (connosco aconteceu sempre mais cedo).

Assim, o programador que nos desculpe, mas tanto tentou fazer algo diferente que se esqueceu do mais importante: a jogabilidade. Sendo assim, pouco tempo passámos com este jogo, que para nós se revelou uma grande decepção, ainda por cima depois da simplicidade viciante de 9999 in One, um dos seus últimos trabalhos. Battle Grid é assim apenas recomendável para aqueles que têm muito tempo livre para apreender toda a complexidade deste desafio, uma visão de águia, para detectar tudo o que se passa no ecrã a grande velocidade, ajeitar-se com as mãos e pés para conseguir dar conta de 19 teclas ao mesmo tempo, e... ser-se canhoto...