Nome: Continental Circus
Editora: Virgin Mastertronic
Autor: Teque Software Development
Ano de lançamento: 1989
Género: Race'n'chase
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1
As simulações automobilísticas, nomeadamente as do Grande Circo (Fórmula 1), sempre foram das mais populares, aparecendo com uma certa regularidade desde o nascimento do Spectrum (quem não se lembra de Chequered Flag?). Nem todas conseguiam recriar os circuitos, até pelas próprias limitações em termos de memória do computador, mas Continental Circus consegue encaixar oito circuitos diferentes, para nosso deleite.
Mas aqui não se trata de um campeonato, na verdadeira acepção da palavra. Antes conseguirmos qualificar-nos para a corrida seguinte, e isso passa por conseguirmos terminar a corrida abaixo da posição pré-definida de início. Claro que à medida que vamos avançando nos circuitos, essa posição torna-se também mais exigente, muito embora comecemos a corrida na posição onde terminámos a anterior (um pouco como Road Race).
Mas a tarefa é tudo menos fácil, pois além de não ser conveniente irmos parar à relva, já que a velocidade diminui consideravelmente e se formos contra um obstáculo o carro sofre danos, mas também porque os restantes concorrentes não nos facilitam a vida, aparecendo sempre no local menos próprio, tornando as ultrapassagens um exercício de grande destreza, em especial nas curvas. Além disso, cada circuito tem vários troços que têm que ser cumprido num tempo limite, se não somos desqualificados.
Uma nuance muito engraçada de Continental Circus são as paragens nas boxes. Se o nosso carro sofrer danos, convém que façamos uma paragem para o reparar (enquanto estamos nas boxes o tempo não corre). Doutra forma, além do nosso carro diminuir a sua performance, corremos mesmo o risco de estoirar o motor. Outra pormenor engraçado é o da chuva, que tem uma boa probabilidade de acontecer em alguns dos circuitos. Nesse caso a condução é muito influenciada pelas condições atmosféricas, pelo que todo o cuidado é pouco.
Mas também cada circuito exige um estilo diferente de condução. Começamos no Brasil, depois EUA, França, Mónaco, Alemanha, Espanha, México e finalmente o Japão, este apenas para os verdadeiros ases do volante.
Mas não há motivos para desesperarmos se não conseguirmos a qualificação à primeira. Os programadores foram amigos e decidiram conceder quatro créditos. Quer isso dizer que temos a possibilidade de continuar a conseguir a qualificação, partindo da posição de onde terminamos a última corrida, enquanto tivermos créditos disponíveis.
Continental Circus está bem implementado, mesmo tendo alguns problemas ao nível do sistema de colisão, que é "amigo", fazendo com que por vezes não abalroemos ou sejamos abalroados pelos concorrentes. Os gráficos são monocromáticos, o que até convém, pois melhora a nossa visibilidade. Já o som, como é habitual neste tipo de jogos, é o elo mais fraco. Mas também não se pode ter tudo, não é?
Mesmo não acrescentando nada de novo, Continental Circus consegue fazer-nos passar uma tarde divertida, sendo, sem dúvida, um dos melhores jogos do género.
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