Nome: Angelita, Battle Mocita
Editora: NA
Autor: Nekokape
Ano de lançamento: 2020
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 48 K
Número de jogadores: 1
No ano de 2126 a AVE chega à Extremadura (Espanha) e as grandes corporações abandonaram a capital para recolocarem as indústrias em locais mais baratos. Passaram-se 134 anos desde a gloriosa primeira viagem e os cyborgs da região gozam de grande fama, no entanto existe um problema, apenas alguns poderão regressar. Entretanto, um grupo de piratas informáticos encontram indícios de corrupção e de subornos, na forma de disquetes, cassetes antigas e outros formatos obsoletos, tudo o que tenha algum valor serve. E como se fosse pouco, aparece uma personagem, Angelita, que tem que encontrar 15 parafusos amarelos, para isso infiltrando-se no castelo de Villa Parda, única forma de conseguir comprar novas asas e voltar a voar. Perceberam alguma coisa? Nós também não...
Esta é a história louca imaginada por Nekokape, que deu origem a Angelita, Battle Mocita, o último dos jogos a entrarem no Concurso MK1 con Retromaniac. Não conseguiu posição de relevo, mas dado a elevada qualidade da maior parte das propostas que entraram nesta competição, não quer dizer que o jogo seja mau. De modo algum, e mesmo estando-se perante um jogo desenvolvido com o motor La Churrera, apresenta argumentos suficientes para nos fazer passar uns bons momentos.
Curiosamente, quando iniciámos o jogo, estávamos longe de imaginar que iriamos encontrar grandes surpresas por aqui. Parecia-nos apenas mais um típico jogo de plataformas à medida de muitos outros criados com o MK1, no qual se passa 90% do tempo a saltar sobre inimigos e os restantes a recolher objectos. É isto que acontece logo nos primeiros ecrãs, com o agravante dos gráficos serem apenas medianos e o som do costume neste tipo de jogos, apenas havendo uma melodia inicial longe de ser brilhante.
Ok, pensámos nós, propusemo-nos a fazer uma análise detalhada, por isso vamos até ao fim com o jogo. Vamos avançando e a certa altura deparamo-nos com uma sala na qual as plataformas se encontram num ponto inacessível. Olá, o que é isto? Está-nos a escapar alguma coisa? Esquecemo-nos de recolher alguma das chaves que permitem o acesso a novas salas? Sim, além dos parafusos amarelos, há que recolher chaves que desbloqueiam o caminho. Mas não era nada disso, simplesmente fomos ter a uma das várias salas nas quais existe um pequeno quebra-cabeças para resolver (como a do ecrã em cima, na qual angelita, que até parece estar a coçar a cabeça em modo pensamento, se questiona como fazer para chegar ao parafuso amarelo?). A resposta é mais ou menos óbvia e depois de resolvermos o primeiro dos puzzles, rapidamente deslindamos os seguintes. Isto é, se tivermos destreza de dedos...
Como qualquer jogo de plataformas que se preze, é fundamental termos a habilidade suficiente para saltar em espaços muito curtos, assim como fazê-lo no timing ideal. Não chega ao ponto de exigir perfeição ao nível do pixel (pixel perfect, como é vulgarmente conhecido), até porque o sistema de colisão é relativamente generoso, mas existem alguns pontos que vamos perder várias das 99 vidas com que começamos o jogo até conseguirmos ultrapassar o obstáculo ou o inimigo. E se olham para as 99 vidas com espanto, quiçá pensando que tamanha generosidade do programador proporciona uma missão que se completa com uma perna às costas, até porque o jogo não é particularmente longo, desenganem-se. Por vezes, quando somos abalroados por um inimigo, este cola-se a nós e enquanto andamos no jogo do empurra, as vidas vão diminuindo a uma velocidade vertiginosa.
Assim, Angelita vai crescendo em nós à medida que vamos avançando nas salas, e aquilo que parecia um jogo condenado à obscuridade, consegue de uma forma simples destacar-se da concorrência. Não é uma obra-prima, mas também não o pretendia ser, no entanto é divertido e cativa-nos até conseguirmos fazer com que a Angelita ganhe asas (e não é preciso beber Red Bull).
Dónde está la descarga
ResponderEliminarAinda não está disponível ao público. Aguardamos que o programador o disponibilize.
EliminarObviamente algo correu mal com este jogo (direitos por causa do material de onde foi inspirado ?)... três anos depois, nem sequer está listado no Spectrum Computing ou no World of Spectrum.
ResponderEliminarInclusivamente havia uma capa de cassete. Agora não consigo encontrar em lado algum, incluindo no site dos Mojon Twins, nem sequer o jogo propriamente dito. O link original do concurso também se foi. Tornou-se um autêntico M.I.A. !
Algum link ou possibilidade de partilhar o tap ou tzx, se possível com a capa incluída ? desde já obrigado...
Perguntei na SC o que se estava a passar com o jogo. Vamos ver o que dizem. Se os autores não querem ver o jogo partilhado, também não o poderemos fazer no SC.
EliminarObrigado pela ajuda, André!
EliminarPor vezes a SC tem informação desactualizada, ocorre muito por exemplo terem jogos como "distribution denied" quando isso já não se aplica e os mesmos jogos estão disponíveis publicamente pelos autores há anos.
Estou curioso em relação à situação deste jogo específico devido ao seu "desaparecimento" misterioso, seria interessante ouvir o que o autor (ou talvez os Mojon Twins, dado o seu envolvimento no concurso) tem para dizer, mas não sei quem é o Nekopapi ou como o contactar.
Também não temos o contaccto do Nekopapi. Mas o jogo irá aparecer na próxima actualização da SC :)
EliminarJá está na Spectrum Computing ;)
EliminarLindo! Já tem a capa e tudo. Obrigado mais uma vez, André e SC. Um M.I.A. resolvido ainda antes de ser oficialmente M.I.A., maior eficiência é impossível. :-P
ResponderEliminarQualquer dia logo teremos um artigo de 10 páginas com entrevistas a detalhar o drama grego que levou ao "desaparecimento", felizmente temporário! Cumprimentos a todos os envolvidos.
Por acaso também fiquei curioso com esta história. Mais tarde ou mais cedo saberemos o que se passou. Abraço e obrigado por nos alertares :)
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