segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Arkanoid Back to Basic


Nome: Arkanoid Back to Basic
Editora: NA
Autor: Ignacobo
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Quando pensávamos que os jogos programados em Basic puro já não nos conseguiam surpreender, eis que uma nova geração de programadores muito talentosos baralharam o esquema e criaram autênticas obras de arte. Ele são os jogos de IvanBasic. Ele foi o Pataslocas. Depois o Wudang. E agora esta homenagem a Arkanoid: Revenge of Doh, com o nome de Arkanoid Back to Basic. Sim, vamos ser desmancha-prazeres, e mesmo antes de terem oportunidade de ler a análise, ficam já a saber que adorámos o jogo. E nem um pequeno bug, prontamente corrigido pelo programador, nos fez mudar de ideias. Fica também a nota: descarreguem a nova versão do jogo na página da Bytemaniacos, pois tem a versão já limpa desse erro, que por vezes fazia o programa crashar e voltar ao Basic.

Vamos abster-nos de grandes explicações sobre como se joga Arkanoid, clone de Tiro à Parede, um dos primeiros jogos a aparecer para o ZX Spectrum e que inclusive faz parte da cassete de demonstração do computador. A ideia é controlar no fundo do ecrã um pequeno bastão (ou raquete), ao longo de 17 níveis, tentando destruir todos os tijolos, para isso dirigindo a bola contra estes. Se a bola passar a linha de fundo, perde-se uma vida. Se a conseguirmos rebater com o bastão, esta sobe, destruindo os tijolos que vai atingindo. Conseguimos ainda dirigi-la em determinada direcção, isto é, com um ângulo mais ou menos pronunciado, através do local no bastão onde sustemos a bola. Além disso, se conseguirmos eliminar todos os tijolos rapidamente, conseguimos aumentar a nossa pontuação.


Mas os tijolos não se comportam todos da mesma forma. Assim, consoante a sua cor, têm um efeito diferente:
  • Coloridos, com malha normal: destroem-se com um único golpe, alguns escondem power-ups, que, se apanhados pelo bastão, concedem poderes extra.
  • Relevo a preto e branco: necessitam de dois toques para serem destruídos.
  • Relevo amarelo e vermelho: tijolo indestrutíveis, além disso, causam um grande ângulo de salto da bola, aumentando também a rapidez com que esta se desloca.
  • Malha preta e branca: o tijolo desaparece após dois impactos, no entanto, 10 segundos depois, volta a reaparecer.
Mas Arkanoid sem power-ups, não seria Arkanoid. Assim, aqui estão eles, embora estejam bem identificados quando estamos a jogar, pois do lado esquerdo é indicado o seu poder:
  • Glue - cor azul: a bola fica grudada no bastão por alguns segundos ou até que se pressione a tecla de disparo.
  • Wide - cor vermelha: aumenta o tamanho do bastão, mas acelera a velocidade da bola.
  • Short - cor magenta: reduz o tamanho do bastão, mas também reduz a velocidade da bola
  • Laser - cor verde: permite disparar contra os tijolos, destruindo-os.
  • 1up - cor azul: concede uma vida extra, até um máximo de oito.
  • 3balls - cor amarela: coloca três bolas em simultâneo no ecrã, triplicando o seu poder destrutivo.
  • Drill - cor branca: a bola atravessa todos os tijolos, destruindo-os (mesmo os indestrutíveis).

Quem já está habituado aos jogos do género, não vai estranhar os poderes extra. Quase todos concedem alguma vantagem ao jogador, com excepção daquele que reduz o tamanho do bastão. O nosso preferido é sem dúvida o "Drill", sendo um regalo ver a bola destruir tudo à sua passagem.

Mas o que torna este Arkanoid Back to Basic como um produto excepcional, superior à concorrência, sabendo que a oferta é ampla e variada? A começar, a fluidez dos movimentos da bola, de quatro em quatro pixéis, movendo-se a 7 FPS, o que seria difícil de imaginar num jogo desenvolvido em Basic puro. Claro que quando estão as três bolas no ecrã, ou estamos a disparar o laser, sente-se o jogo a travar um pouco, mas isso é perfeitamente compreensível.

Mas além disso, o programador resolveu (e bem) conceder mais uma série de mimos. Assim, o jogo incorpora seis músicas diferentes, sendo uma delas amplamente conhecida, ou não estivesse no jogo original e não tivesse sido recriada recentemente por Jimmy Devesa, aparecendo com frequência no programa semanal de Arnau Jess.


Depois, existem três níveis de dificuldade. Optámos pelo nível normal e conseguimos com maior ou menor dificuldade terminar o jogo (isto é, os 17 níveis, sendo que depois o jogo recomeça no primeiro). Aconselhamos a começarem por este nível de dificuldade por forma a ajustá-la ao vosso grau de destreza (ou falta dele). Já agora, o que distingue os diferentes graus de dificuldade é o tamanho do bastão, o número de vidas iniciais e o numero de power-ups ocultos em cada nível.

Mas as surpresas não ficam por aqui. Como se fosse pouco, o programador resolveu ainda dar a possibilidade de criarmos os nossos próprios ecrãs, para isso juntando-lhe um editor, no qual temos a possibilidade de alterar até pormenores como o brilho e a cor dos tijolos. Um luxo!

Ignacobo elevou então em muito a fasquia da competição. Dos que vimos até agora, é sem dúvida o melhor. E ou aparece um super jogo (atenção, ainda é bem provável que alguns ilustres queiram participar no concurso), ou temos aqui um vencedor antecipado. Veremos, o deadline é apenas a 28 de Fevereiro de 2022 e até lá muita coisa pode acontecer...

11 comentários:

  1. Muito bom! A ver se eu capricho no meu PicaBUM! (e se o coloco mais bonito!) ;-)

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  2. Una autentica maravilla hecha en Basic. De lo mejor que he visto en años, muchisimas felicidades NCB ,crack! :)

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  3. En la pantalla 4, cuando acabo con todos los ladrillos no paso de nivel, no se si es un bug...lo dejo aquí para que le echéis un ojo, un abrazo a todos !!!.

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    1. Si, si, fallo mío, no cogí el power up para romper los ladrillos que no se rompen XD, un abrazo fuerte y gracias por la ayuda !!!.

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    2. Nueva version 1.2, corregido el bug de la fase 4 (espero), y mejora en la velocidad de 3bolas y laser: https://ignacobo.itch.io/arkanoid-back-to-basic

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