segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Black Sea: Treasure Hunters


Nome: Black Sea: Treasure Hunters
Editora: NA
Autor: Mananuk
Ano de lançamento: 2021
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Black Sea: Treasure Hunters é o novo trabalho de Mananuk, concorrente à competição ZX-DEV Media & Demakes, que como já é habitual neste concurso, costuma trazer jogos bastante interessantes (a fasquia está sempre colocada bastante alta, apenas sendo superado em termos de qualidade pelo Yandex Games Battles). E o jogo, estando na linha dos anteriores trabalhos deste programador, consegue trazer alguns elementos novos, tornando-o o mais interessante de todos os que já apresentou.

Desenvolvido com o MPAGD, Black Sea afasta-se um pouco das 1.001 propostas do género, apresentando gráficos bastante atractivos, que recriam na perfeição os fundos marinhos, e um forte elemento exploratório, levando que as primeiras vezes que carregamos o jogo sejam fundamentalmente dedicadas apenas a mapear os ecrãs e, em especial, assinalar os locais onde se encontram as tão necessárias garrafas de oxigénio. Uma vez que assumimos o papel de um mergulhador que se encontra dentro de um submersível, que anda à cata de tesouros submarinos, o oxigénio é bastante limitado (apenas três minutos), pelo que regularmente tem que atracar nos poucos portos existentes e que permitem fazer a recarga de H2O. Isto confere ao jogo um forte elemento estratégico, pois é necessário delinear muito bem o caminho a percorrer, não vá o tempo esgotar-se e morremos na praia (neste caso no mar).


Mas se o oxigénio é o maior dos problemas que vamos enfrentar, existem outros. Assim, os fundos marinhos estão repletos de seres que não gostam de ser perturbados. Alguns andam num vaivém padronizado, o que até seria relativamente simples de ultrapassar, não fosse a urgência de fazermos as coisas bastante rápido devido à escassez do oxigénio, levando a que sejam cometidos erros. Mas outros têm movimentos aleatórios ou perseguem-nos, dificultando ainda mais a tarefa. E depois existem ainda os piratas que também buscam as riquezas das profundezas. Estes, além de também nos perseguirem, deixaram minas em alguns pontos estratégicos, prontamente activadas pela nossa presença (se passarmos por baixo, têm a tendência para caírem em cima de nós, fazendo-nos perder uma vida). No total são oito inimigos / adversários diferentes, pelo que variedade é coisa que não falta a Black Sea.

Alguns locais encontram-se fechados a cadeado, sendo necessário encontrar as chaves que permitem desbloquear as portas. E vamos ainda encontrar outros seres que nos pedem o especial favor de encontrar determinados objectos. Apenas após se recolher todos os objectos e tesouros, é possível dar como concluído este desafio.

Black Sea é então uma aventura agradável, sem grandes brilhantismos, mas também sem grandes lacunas. Talvez o sistema de colisão pudesse estar um pouco mais afinado e a música ser menos repetitiva. No entanto, no geral confere divertimento garantido para algumas horas. Pode até não vir a ser o vencedor da competição, no entanto, de forma alguma deslustra o seu programador.

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