segunda-feira, 23 de maio de 2022

Smudge: Bad Moonee Rising


Nome: Smudge: Bad Moonee Rising
Editora: Clebin Games
Autor: Clebin
Ano de lançamento: 2022
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui

A vida de um limpa-chaminés é dura. Que o diga Smudge, o herói deste jogo, que constitui a estreia de um novo programador para o ZX Spectrum. E para estreia, o mínimo que podemos dizer é que entrou em grande, com um jogo com cenários bastante bonitos, capaz de atrair miúdos e graúdos.

O jogo é inspirado em Smudge & The Moonees, lançado em 1985, mas que não fez grande história. Para falarmos a verdade, nem o conhecíamos, mas fomos agora dar uma espreitadela e, de facto, percebe-se porque permaneceu na obscuridade. E a conclusão que desde logo se tira é que este remake (na realidade não é um remake puro), é muito superior ao jogo que o inspirou. Não é que não tenha algumas lacunas, mas já lá iremos.

O objectivo é então limpar chaminés. Para isso, Smudge está munido de um jetpac que lhe permite subir aos telhados. Cada ecrã tem duas chaminés e depois de as limparmos (num efeito muito bem conseguido por parte do programador - o nosso personagem enfia-se literalmente pelo fumeiro), temos que voltar ao ecrã inicial. Só depois o caminho para novo ecrã (à esquerda) fica desbloqueado, implicando ter que passar por todos aqueles cenários que já antes percorremos. Esta é talvez a maior lacuna deste jogo, pois o ter que percorrer os mesmos caminhos vezes sem conta, traz alguma monotonia. Vá lá que as posições e movimentações dos adversários variam de cada vez que entramos no ecrã, o que até permite fazer alguma batota, entrando e saindo dos ecrãs quando os inimigos se encontram em posições mais vantajosas.


Os inimigos são muitos e se os primeiros níveis são relativamente fáceis de serem ultrapassados, à medida que vamos avançando nos bairros, o número de adversários vai também aumentando, tornando a tarefa bem mais espinhosa. A únca vantagem é que o contacto com os inimigos apenas rouba um pouco de energia e de cada vez que regressamos ao ecrã inicial, que contém a lavandaria, recuperamos toda a energia. Mas não convém ficar a dormir, pois existe um tempo limite para se terminar cada nível, embora seja generoso.

O melhor de tudo são os cenários que foram criados. Existe grande diversidade, nomeadamente ao nível das habitações (até castelos vamos encontrar), sendo sempre um chamariz para se tentar ir um pouco mais à frente. Só temos pena que seja apenas em duas dimensões, mas o motor utilizado também não permitiria grandes façanhas a esse nível.

Assim, não sendo uma obra de arte, Smudge: Bad Moonee Rising tem uma boa jogabilidade e atractivos suficientes para constituir um divertimento para algumas horas. Mais não se poderia pedir para a estreia de um novo programador...

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