domingo, 20 de janeiro de 2019

Mike, the Guitar - The Shooter


Nome: Mike, the Guitar - The Shooter
Editora: NA
Autor: Sebastian Braunert, Uwe Geiken
Ano de lançamento: 2019
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

A história de Mike, the Guitar - The Shooter leva-nos até ao longínquo mês de Maio de 2018. Nessa altura, o nosso amigo Sebastian Braunert mostrou-nos o esboço de um jogo que estava a desenvolver. Desta vez a personagem não era o simpático Moritz (não percam a entrevista exclusiva com este famoso canito e que se encontra no Almanaque 2018), mas a guitarra Mike, que já tinha dado origem a um divertido mini-jogo. Sebastian pretendia agora criar um shoot'em'up com o motor SEUD de Jonathan Cauldwell, conhecido pelos jogos com o segundo ovo mais famoso da história do Spectrum (Egghead), mas especialmente pelo desenvolvimento do Arcade Game Designer.

O SEUD (Shoot-Em-Up-Designer), apesar de já ter dez anos de existência, nunca granjeou grande sucesso. Conhecem-se muito poucos jogos criados com este motor, embora um deles seja da autoria de Dave Hughes, Moderate Retribution, programador com quem também vamos colaborando. A ferramenta é básica, mas por outro lado permite alguma flexibilidade e que Sebastian resolveu aproveitar em proveito próprio.


Analisámos então este esboço inicial (na realidade apenas este vosso escriba, pois os restantes membros do blogue ainda não tinham tido acesso a esse trabalho), demos algumas "dicas", e começa aqui a história de Mike, the Guitar - The Shooter, pelo menos na parte que diz respeito a Planeta Sinclair. Já agora, no ecrã acima podem ver um ecrã relativo a este primeiro esboço. Poderão depois comparar as diferenças com a versão final.

Durante os meses que se seguiram, Sebastian e Uwe foram trabalhando noutros projectos e ainda recentemente colaboram com Dave Hughes na Woot! 2018, lançando SuperMoritz. Entretanto apresentámos o Pedro Pimenta ao Sebastian, e desde logo ficou combinado que o Pedro iria trabalhar na "banda sonora" do jogo. E o mínimo que podemos dizer é que foi uma aposta ganha, pois mesmo com alguma falta de modéstia da nossa parte, e neste caso perfeitamente desculpável, a melodia ficou excelente.

O último elo deste jogo foi Andy Green, brilhante artista gráfico e responsável por alguns dos melhores screenshots a aparecer para o Spectrum, incluindo o de Mike, the Guitar - The Shooter. Fabuloso, há que o reconhecer.

Chegamos assim à versão final deste jogo, que como já perceberam, nos é muito querido. Tendo sido criado com o SEUD, obviamente que não se pode esperar que surja daqui o novo R-Type, ou um shoot'em'up com mil e um níveis. São apenas três, mas todos bem recheados. E depois de terminarmos o jogo, este recomeça do primeiro nível, sendo portanto o indicado para todos aqueles que querem competir pela pontuação.


Vamos voltar a contar a história de Mike, the Guitar - The Shooter, apesar do Pedro já o ter feito aquando da preview. Assim, Mike quer espalhar a palavra do Rock'n'Roll, mas Beethoven, Chopin e Mozart não estão para ai muito virados, lançando no seu encalço todo o tipo de inimigos, incluindo notas e instrumentos musicais. O objectivo é derrotar os três génios da música, que pelos vistos também tinham muito de loucos e de maldosos. Brincadeiras à parte, gostámos de ver o Sebastian voltar a pegar no tema, criando uma história à volta do jogo, incorporando estas três personagens. E depois, os sprites que lhes estão associados são um verdadeiro mimo...

Como shoot'em'up, e mesmo tendo sido criado através do SEUD, o jogo é bastante funcional, apresentando uma boa jogabilidade, sendo este um dos seus maiores trunfos (além dos próprios cenários imaginados para cada um dos níveis). Iniciamos a missão com três vidas e além disso podemos sofrer algum dano (medido pela barra "sustain"), o que acontece sempre que um inimigo nos abalroa ou quando tocamos em partes do cenário. Não existem add-ons ou power-ups, o que é uma pena (o SEUD também não o permitia), excluindo a ajuda do Rei do Rock'n'Roll (na forma de cabeças) que aparecem pontualmente e que se apanhadas permitem repor a energia nos níveis máximos. Bem vamos precisar delas, pois com tantos inimigos, fazer um percurso limpo não será tarefa fácil.


No final de cada um dos níveis aparecem então os "mauzões", Beethoven, Chopin e Mozart, que necessitam de uma boa dose de tiros certeiros até darem o estoiro final, tal e qual os canhões de Tchaikovsky. Mas até lá teremos que soltar muitos acordes e dar ao gatilho.

Assim, e apesar de estarmos perante um jogo com apenas três níveis (pelas razões já referidas), não sendo muito profundo, tem o condão de agradar a qualquer shooter que se preze, mas também a todos os outros que agora se querem iniciar na arte de dar uns tiros. Gráficos muito interessantes, som idem, idem, aspas, aspas, fazem com que seja uma experiência muito compensadora embarcar em Mike, the Guitar - The Shooter. Dêem-lhe assim uma espreitadela (podem aqui descarregá-lo), pois os seus autores merecem e o jogo é bastante engraçado.

3 comentários:

  1. Gostaria de mais dicas de jogos com tema Rock and Roll, principalmente os parecidos com guitar hero se existir.

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    1. Gosto particularmente do Rock Star Ate my hamster

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