Nome: Nohzdyve
Editora: Tuckersoft
Autor: Matt Westcott
Ano de lançamento: 2018
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Já aqui havíamos falado de Nohzdyve, o easter egg do filme Bandersnatch. Estamos agora em condições de fazer a sua análise mais aprofundada (assim como nos próximos dias de alguns outros que estão em pipeline), após umas mini-férias merecidas.
Em Nohzdyve, apesar de estarmos perante um mini-jogo, que mais não é que uma pequena brincadeira a dar algum colorido a um filme que ser relaciona em tudo com o Spectrum (a história de Bandersnatch, que contribuiu para a queda da Imagine Software, é por demais conhecida), a jogabilidade é muito razoável, a fazer corar de inveja alguns programadores mais profissionais. E a provar que não são necessários grandes gráficos para se criar um bom divertimento.
A brincadeira da Tuckersoft incluiu ainda um texto a condizer, e que vale a pena reproduzir (qualquer semelhança com os anúncios e história de Bandersnatch é pura coincidência).
A Tuckersoft foi uma empresa de desenvolvimento de jogos que maravilhou o mundo na década de 80. Eles produziam muitos sucessos, a ponto de seu proprietário se referir à empresa como a “Motown dos videogames”. Esse sucesso aconteceu graças a grandes estrelas da indústria como Colin Ritman (Metl Hedd) e Stefan Butler (Bandersnatch). Uma série de eventos sombrios levou ao cancelamento abrupto do jogo altamente antecipado de Colin Ritman, Nohzdyve, e ao fim da carreira promissora de Stefan Butler. Metl Hedd continua um clássico, mas o mundo poderá apenas imaginar como Nohzdyve era. Rumores dizem que uma primeira versão do jogo existe em algum lugar, esperando para ser jogada pela primeira vez.
Jogo mais simples (e repetitivo) também não há. Assumimos a pele de um suicida (seguramente um programador), que se atira no vazio entre dois prédios. Ao longo do trajecto que parece não ter fim, tenta apanhar os olhos que vão aparecendo no ecrã, ao mesmo tempo desviando-se das peças de roupa que, a uma velocidade maior que os primeiros, também surgem (com uma direcção aleatória). Se estas nos atingem, é a morte prematura do suicida, que seguramente quereria viver mais uns momentos de pura emoção em queda livre.
O objectivo é apenas um, obter o maior número de pontos, e isso passa por apanhar o maior número possível de olhos. De resto é um exercício a exigir reflexos ultra-rápidos, pois entre o momento em que a peça de roupa surge no ecrã e o tempo que temos para nos desviarmos dela, são escassos micro-segundos.
Apenas não achámos grande piada à melodia que acompanha o jogo. Sendo este bastante repetitivo e sendo a música ainda mais repetitiva (até irritante, diga-se), rapidamente desligamos o som, sob pena de entrarmos em parafuso e de nos atirarmos de um prédio abaixo.
Uma curiosidade final: muita gente andou à procura do nome do autor do jogo, não o encontrando e sendo até apanhado pela brincadeira da Tuckersoft, que o identificava como Colin Ritman. No entanto, não se aperceberam que no menu principal os autores estão devidamente identificados.
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