Nome: Les Aventures du Monsieur Le-Pâlotte a la Recherche de la Terre-bâton
Editora: NA
Autor: D'Antón
Ano de lançamento: 2021
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Deverá ser um dos nomes mais compridos na história dos jogos do Spectrum, e também um dos mais estranhos. Les Aventures du Monsieur Le-Pâlotte a la Recherche de la Terre-bâton, é este o nome da sequela de Mr. Palo T., um jogo que não fez história e que não deixou as melhores recordações. Poderá este novo jogo de D'Anton (será alguém conhecido na comunidade?), trazer algo de novo à cena? Ou será que faz jus ao ditado: o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita? É o que vamos ver...
A primeira alteração relativamente ao primeiro episódio está relacionada com o motor com que foi criado. Foi agora utilizado o Arcade Game Designer, mas sem melhorias aparentes relativamente ao antecessor, que tinha sido desenvolvido com o MK1. Os gráficos continuam a ser básicos e muito simples (para não dizer arcaicos), a preto e branco, mais parecendo que foi feito para o ZX81. Por outro lado, o sistema de colisão é aterrador. Estamos a perder uma vida, ainda o inimigo está a léguas, embora por vezes dê jeito, quando ficamos no vazio, sem cair.
Depois, existem coisas um pouco surreais. Por exemplo, qual o sentido de obrigatoriamente ter que se perder uma vida, se se quer apanhar a chave que permite aceder à NASA? Ou no ecrã onde recolhemos o último objecto, ter uma porta para voltar ao ecrã anterior, mas se saltarmos em determinado local, vamos cair num ecrã ao lado? Nota-se que o jogo não foi testado convenientemente.
Tudo é estranho e enigmático nesta aventura. Por um lado, temos que recolher uma série de objectos numa certa ordem (uma chave, uma câmara, um comando, etc.), tudo com o objectivo de revelar a verdade oculta. Por outro, a certa altura ficamos perdidos, sem saber o que fazer para avançar, até que nos lembramos que o sistema de colisão é estranho e por vezes benevolente, por alguma razão. Compreende-se a decisão de se querer afastar do típico jogo de plataformas, mas a ideia simplesmente não resultou.
Assim, Les Aventures du Monsieur Le-Pâlotte a la Recherche de la Terre-bâton não nos caiu no goto. Fomos até ao fim, mas apenas poque o jogo é muito curto e queríamos perceber se nos estava a escapar alguma coisa. Não estava, mas este é seguramente um jogo para deixar escapar. Valha-nos a música de Amélie Poulain...
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