Editora: NA
Autor: Jaime Grilo
Ano de lançamento: 2021
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Bem tínhamos avisado aquando da review de Agente Azul: a colaboração com José Silva tinha vindo para ficar. Desta vez a participação do José cingiu-se ao bonito ecrã de carregamento, mas seguramente que no futuro irá continuar a dar cartas.
Saiu então o novo jogo de Jaime Grilo, o segundo deste ano. E desta vez não tem uma temática inteiramente original, é antes um remake de Jet Pack Bob, que por sua vez já era um remake de Jetpack, o jogo que lançou a Ultimate Play the Game para a ribalta, e merecidamente considerado como um dos melhores jogos de sempre do Spectrum. Dispensa apresentações e não deve haver entusiasta deste computador que não o conheça.
Assim, o jogo desenrola-se ao longo de cinco níveis, cada um deles com cinco ecrãs, num total de 25 diferentes cenários. No primeiro ecrã de cada nível, além de termos que recolher as seis células de combustível, é necessário também colocar as duas partes em falta da nave, no respectivo local. Faz-se isso sobrevoando a nave, sendo que nessa altura a peça que temos nas mãos, cais lentamente, encaixando-se nela. Quando a nave está completamente reabastecida, temos que levar o nosso astronauta até ela, arrancando então para a zona seguinte.
A tarefa não é fácil, pois cada nível (ou zona) tem diferentes inimigos, que reaparecem com uma cadência de arrepiar os cabelos, não estivesse o nosso astronauta devidamente acondicionado com o seu capacete (ou isso, ou ser como o Restless André, que já não tem problemas capilares). Podemos disparar contra os inimigos, mas não da forma como esperaríamos, isto é, continuamente. Se temos o azar de acertar numa das células de combustível, não só esta é eliminada, como também desaparece uma que já tenha sido colocada na nave. Há então que ter ponderação no disparo. Além disso, por vezes a arma sobrecarrega, e durante uns segundos deixa de disparar. Quando temos quatro ou cinco inimigos no nosso encalço, não é lá muito animador.
Os próprios cenários, em níveis mais avançados, revelam algumas armadilhas. Assim, algumas plataformas têm raios entre elas, se lhes tocamos, perde-se mais uma vida. E nem sempre o chão é sólido. Também já se está a ver o que acontece quando as células de combustível tocam nesses elementos perigosos. Vá lá, o Jaime ainda condescendeu-se de nós, e sempre que terminamos de montar uma nave, é adicionada uma vida ao nosso pecúlio.
Existem outras novidades relativamente ao original. Assim, deixa de ser possível passar de um lado para o outro do ecrã. Quando uma célula cai junto a um dos cantos, é necessário o máximo cuidado na recolha, até porque os inimigos têm uma tendência inata para aparecerem onde nós nos encontramos, com as consequências previsíveis. Além disso, o nosso astronauta perdeu a capacidade de pairar no ar, mas esse era um truque que muito pouca gente conhecia.
Finalmente, Jet Pack Neo saiu em dois sabores: versão lenta e versão normal, esta última com uma velocidade semelhante ao original, sendo, sem dúvida, a nossa preferida.
Assim, o Jaime traz uma abordagem refrescante a um jogo que nunca nos cansamos de jogar. Talvez não fique nos anais da história, mas isso apenas por ser um remake e o original ser imbatível. No entanto, é um jogo tremendamente divertido e viciante, e que não vai desiludir ninguém, podendo aqui ser descarregado.
Novo concorrente para o GOTY 2022 Lusitano?
ResponderEliminarEste vai lá estar, de certeza :)
EliminarQuantos mais melhor! Senão eu reformo-me da cena!! haha
EliminarCurioso por experimentar. O original era bem frenético e simples
EliminarEste também é bastante frenético :)
EliminarParabéns por mais um excelente trabalho Jaime Grilo.
ResponderEliminarSó faltou suporte a Joystick.
O jogo é viciante, sim :)
EliminarObrigado.
EliminarA solução em emulador é usar o ZX Spin - opção controllers e setar user defined.👍😀
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