Nome: Montana Mike
Editora: Software Amusements
Autor: Adrian Cummings
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: Spectrum Next
Número de jogadores: 1
Abram alas, Indiana Jones está de volta!!! Bem, não é o Indiana Jones mas anda muito perto, é Montana Mike, o novo herói criado por Adrian Cummings, que continua imparável na sua missão de laçar jogos para o Next.
Depois de Dungeonette e de DeltaStar Earth Defence, Adrian muda radicalmente o género de jogo. Não esperem encontrar por aqui os labirintos à la Atic Atac, ou o "tiro neles" de Galaxians, o que nos é apresentado é uma aventura de arcada, com muitas plataformas à mistura, a fazer lembrar, e muito, Rick Dangerous, mas sem o excessivo grau de dificuldade deste.
Também já antes dissemos, não interessa se a história é pouco original ou se copia a fórmula de outros, o que interessa é se o jogo é bom e se nos diverte. E podem crer que Montana Mike acerta na mouche. Mas vamos então à história da nova aventura de Indiana Jones, isto é, Montana Mike. Ou apenas Mike. É que passámos tanto tempo a tentar acabar o jogo (e conseguimos), que Mike já é como se fosse família e tratamo-lo por "tu".
Assim, este intrépido herói anda à volta do mundo à cata de tesouros para o museu do seu pai. Ao longo de quatro pontos no globo (México, Egipto, Londres e China), tem que recolher, em cada um deles, cinco objectos valiosos, pelo que só então poderá regressar a casa em segurança. Cada ponto corresponde a um nível e só se avança para o seguinte, exactamente quando se obtém o quinto objecto (não é necessário visitar todos os cenários, mas não o deixem de fazer).
A aventura começa no México, e como seria de esperar Mike tem que entrar nas ruínas de um templo asteca. Estas estão recheadas de perigos e armadilhas. Convém não só que Mike tome muita atenção onde pisa, pois nem todo o chão é estável, mas também ao que se encontra no tecto, não vá este cair-lhe em cima.
Para ajudar Mike, existe o seu fiel chicote, sendo uma das formas de eliminar os restantes seres que povoam os cenários. Mas é necessário algum cuidado, pois se deixa os inimigos aproximarem-se demais, esta arma deixa de ser eficaz. Em alguns pontos do cenário encontra-se uma seis tiros, bastante mais eficaz para lidar com os inimigos, mas há que usá-la apenas quando necessário, pois as munições são parcas.
Depois do México, segue-se o Egipto. Naturalmente que os cenários mudam, e Mike encontra-se agora nas catacumbas de Ra. Em vez de encontrar cobras e lagartos, vai encontrar besouros e outros seres típicos do Antigo Egipto. Só faltam as múmias, mas ainda bem, pois o jogo já é difícil o suficiente sem mais estes seres.
Nem tudo é imediato e há que decifrar também alguns enigmas, como o do ecrã abaixo. Não vos vamos dizer como fazer com que a escada desça e permita a Mike atingir o piso superior, no entanto um conselho deixamos: explorem muito bem todo o cenário, até os pontos mais recônditos. Nunca se sabe quando escondem algo...
De seguida a Europa. Os lúgubres subterrâneos de Londres são o poiso do terceiro nível. Ratos e muito material radioactivo é comum por esses lados. Assim como uns estranhos seres, provavelmente alguma mutação genética resultante de todo o lixo depositado nesse local. Não nos vamos esquecer, da próxima vez que visitarmos Londres não vamos andar de metro...
Os desafios não diferem muito dos restantes níveis, e mesmo o grau de dificuldade é consistente com o dos dois primeiros. No entanto, o cenário é aqui mais labiríntico, pelo que traçar um mapa poderá ser uma boa ideia (cada nível tem cerca de cinquenta ecrãs).
E se tudo correr bem e forem um ás do chicote, entram então no Palácio de Ming, na China. Diferentes inimigos, diferentes obstáculos, mas a mecânica de jogo mantém-se. Muito salto, muito estalar do chicote e muito recomeçar do início de cada nível. Uma grande vantagem é que de cada vez que se perde todas as vidas, recomeça-se no início desse nível, não tendo que se repetir todo o caminho. Até aqui Montana Mike ganha pontos relativamente à concorrência.
Outra vantagem em relação a outros jogos do género, com Rick Dangerous à cabeça, é que se estiverem com atenção aos cenários conseguem detectar os perigos que se escondem. Isso torna o desafio bastante mais justo, se bem que continue a haver uma boa dose de frustração de cada vez que se perde a vida dez vezes seguidas no mesmo local.
Como já perceberam, gostámos muito de Montana Mike. Apesar de ser um desafio difícil, o que se nota é que tem uma curva de experiência muito ajustada. De cada vez que iniciam o jogo, vão um pouco mais à frente. Não foi assim de espantar que tenha sido no México onde perdemos mais tempo, tendo o último nível sido terminado num tiro, pois já tínhamos interiorizado as manhas todas dos anteriores.
Gráficos bastante bons, o sprite de Mike é um mimo, cenários muito imaginativos e som agradável, contribuem para uma experiência muito gratificante. Sem dúvida alguma que este é um jogo aconselhado a todos os fãs do género.
Montana Mike pode ser adquirido na página da Software Amusements a partir de 9 de Novembro. Se optarem pela versão digital, esta tem um custo de £ 4.99. Se forem para a versão física, são £ 9.99, mas incluí alguns extras, como um belíssimo mapa do primeiro nível.
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