segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Cheesy Chase: Moritz and the Mildewed Moon


Nome: Cheesy Chase: Moritz and the Mildewed Moon
Editora: NA
Autor: Team Moritz
Ano de lançamento: 2019
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Outro dos (mini) jogos a aparecer na edição mais recente da Woot! tem Moritz como personagem principal. E é incrível como este canito, que já faz parte da família do Spectrum, e que em tempos foi entrevistado por Planeta Sinclair (podem ver aqui a entrevista), consegue sempre meter-se nas maiores embrulhadas. Cabe a nós resolvê-las, coisa que fazemos sempre com muito gosto. Mas vamos à história desta personagem (real) celebrizada por Sebastian Braunert...

As aventuras de Moritz não têm fim?! Aparentemente não, pois estava ainda a comemorar o sucesso da sua última missão à Lua, ultrapassando o limite de velocidade permitido no espaço, quando foi apanhado pelo radar. E não apenas uma, foram duas as vezes que quebrou a barreira do som, tendo provocado claros aborrecimentos aos habitantes do nosso satélite com as ondas de choque e ruído daí resultantes. A patrulha da Lua é que não esteve com meias medidas e levou-o a tribunal, tendo Moritz, como punição, perdido três pontos na sua carteira de motorista espacial e condenado a fazer trabalho comunitário, recolhendo todo o queijo bolorento da superfície da lua. É um trabalho duro e uma lição de vida, conseguirá Moritz sobreviver à punição?


Cheesy Chase tem vários pontos de contacto com Sprouty: é que tal como nesse jogo, apenas existem duas teclas (esquerda e direita), além de que o nosso personagem também está sempre aos saltos. No entanto, mesmo sendo um típico jogo de plataformas, a concepção é substancialmente diferente. Assim, ao invés de andarmos a activar interruptores para chegar à desejada prenda, Moritz tem que conseguir recolher todo o queijo que se encontra nos diversos cenários, muitas vezes nos pontos mais recônditos. Só apenas após saciar a sua gulodice (presumimos que quando recolhe o queijo bolorento, não resiste a comê-lo), e nos pouco mais de 15 ecrãs que compões este mini-jogo, é que consegue livra-se de uma longa e inglória estadia na prisão.

A mecânica desta nova aventura de Moritz não é substancialmente diferente do primeiro jogo, lançado já no distante 2017. No entanto nota-se claramente a evolução de Sebastian Braunert, agora acompanhado de uma verdadeira equipa, a Team Moritz, pois além desse, tem como membros permanentes Uwe Geiken, Lobo, Andy Green e Pedro Pimenta. Como consequência, além da própria afinação do grau de dificuldade dos seus jogos, aumentando a jogabilidade (e aqui o mérito vai por inteiro para Sebastian), os sprites, cenários, ecrãs de carregamento e a própria música têm agora um ar muito mais profissional. Não nos enganámos quando dissemos que a estreia de Moritz abria boas expectativas para os jogos seguintes do seu autor.

Cada um dos cenários apresenta várias plataformas e inimigos que têm que ser negociados. Como Moritz está sempre a pular, a grande dificuldade é conseguir temporizar e escolher o local de salto, por forma a conseguir-se ultrapassar os inimigos, que se deslocam em padrões regulares. Quem já experimentou Sprouty, vai perceber imediatamente o que queremos dizer, pois a mecânica é a mesma. E aliás, a experiência que adquirimos no outro jogo será importante para este e vice-versa.


Mais uma vez Sebastian muniu-se de uma ferramenta para o ajudar na concepção do seu jogo, neste caso o Platform Game Designer (no ecrã acima podem ver a referência ao motor). Apesar de não permitir criar desafios muito longos, até pela memória disponível, apresenta uma flexibilidade muito interessante, incentivando mesmo a quem não perceba por ai além de programação, que possa desenvolver as suas ideias de forma rápida e intuitiva.

Os gráficos são também interessantes, apresentando Moritz, desta vez, um fato espacial, permitindo-lhe respirar na superfície da lua, que por coincidência apresenta o formato e coloração de um enorme queijo Emmental (yum yum). A música, da responsabilidade de Pedro Pimenta (que muito nos orgulhamos de ter como colaborador neste blogue), é bastante atractiva, contribuindo para uma experiência agradável.

Cheesy Chase termina-se rápido, é verdade, mas também apenas se pretendia criar um mini-jogo, sendo o ideal para acompanhar a noite de consoada, tenham, ou não, queijo na ementa. Estão assim convidados a descarregá-lo (aqui) e a ajudar Moritz (mais uma vez) a livrar-se de sarilhos...

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