segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Sprouty


Nome: Sprouty
Editora: NA
Autor: Dave Hughes
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: NA
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

O magazine Woot! está de volta, e com ele trouxe um grelo aos saltos, ou para sermos mais precisos, uma Couve-de-Bruxelas aos saltos. Depois de no ano passado nos ter presenteado com os Bean Brothers, que foi traduzido para a nossa língua como os Irmãos Feijoca, temos agora nova prenda natalícia com direito a versão em português. E fazemos referência ao jogo dos feijões pois as parecenças são óbvias, pese embora este tenha elementos muito originais, também. Outra referência é B-Squared, um excelente quebra-cabeças de Paul Jenkinson.

Assumimos então a pele de Sprouty (metaforicamente falando), uma irrequieta Couve-de-Bruxelas que dá cambalhotas como o Dizzy e Monty. É Natal e estamos tão ansiosos por abrir as prendas que não conseguimos parar de saltar. Apenas quando estamos em movimento deixamos de pular, o que não é fácil. Não dizem que a ansiedade pode ser mortífera? Este é um bom exemplo, pois para conseguirmos activar os interruptores que abrem os portões onde se encontram as prendas, temos que evitar muitos obstáculos e inimigos, mas com tanta cambalhota, e mesmo o jogo tendo apenas duas teclas, esquerda e direita, a tarefa não é fácil...

                                    A visão da prenda deixou Sprouty a pular de tanta felicidade

Conforme repararam, demos bastante ênfase ao facto de Sprouty saltar, e isso tem uma razão de ser: a principal dificuldade em dominar-se o jogo é precisamente conseguir conciliar os movimentos e os saltos da couve. Não conseguimos que ela controle a sua ansiedade e fique quietinha por uns momentos, e com alguns dos inimigos a fazerem tangentes à nossa cabeça, um salto mal medido implica sumo de vegetais para a consoada.

Outras das dificuldades tem a ver com as quedas. Sprouty pode cair de grandes alturas, mas se a queda for grande, esborracha-se no chão, e apesar de não passar para o lado de lá, fica atordoado durante uns momentos, o suficiente para levar com um inimigo em cima. Se isso acontece, podem contar com mais batido de vegetais.

Assim, estamos perante um exercício de reflexos e precisão, pois temos que medir o timing exacto para dar o salto, fundamental para se conseguir ultrapassar a maioria dos inimigos. Um truque bastante útil é utilizar as plataformas fixas como pontos de apoio, isto é, estacionar mesmo por baixo delas. Apesar de irmos dando cabeçadas na plataforma (atenção que nem todas são inteiramente sólidas), pelo menos consegue-se controlar os saltos de Sprouty e temporizar os próximos passos.

                                                   Sprouty questiona-se se os ovos serão comestíveis

O jogo não é muito grande, são apenas 18 níveis. Os primeiros são relativamente fáceis de serem ultrapassados, mas à medida que se vai avançando, vamos encontrar mais dificuldades. Não só os usuais inimigos, que seguem um padrão de movimento regular, mas alguns projécteis que são activados assim que accionamos a alavanca que abre o portão. Conseguir fugir a todos os inimigos, não tendo na maior parte das vezes a possibilidade sequer de parar para respirar (por causa dos saltos), torna-o um exercício com grau de frustração semelhante a alguns dos níveis de Manic Miner (um dos principais inspiradores de Sprouty e, da generalidade dos jogos de Dave Hughes).

Gráficos e uma melodia engraçadas (no modo 128K), contribuem para aumentar a atractividade de Sprouty, ideal para ser jogado na noite de Natal, preferencialmente depois de termos vistos as prendas. Doutra forma corremos o risco de deixar passar a hora da consoada, tal o vício que nos provoca. 

Sprouty está incluído no magazine Woot! de 2019, podendo aqui ser descarregado.

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