Nome: Moon and the Pirates
Editora: NA
Autor: IADVD
Ano de lançamento: 2019
Género: Aventura gráfica
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Quando IADVD lançou
Moon's Fandom Festival há cerca de quatro meses, elogiámo-lo bastante por ter conseguido fazer algo novo com o motor MK1, que não os habituais jogos de plataformas. Surge agora a sequela, e apesar do interface gráfico ter sido optimizado, assim como terem sido feitas melhorias nalguns aspectos que apresentavam alguns problemas, nomeadamente a aleatoriedade da informação recebida, perdeu-se um factor importante: a originalidade. Isto para dizer que quem experimentou e gostou do primeiro episódio da saga de Moon, como foi o nosso caso, continua a ter amplos motivos de interesse para levar o jogo até ao fim. Os restantes, não será com Moon and the Pirates que irão mudar de ideias.
O autor também disponibiliza um muito informativo manual que nos permite desde logo enquadrarmo-nos no modo de funcionamento do jogo, bem como dar a conhecer a sua história. Ficamos assim a saber que após os eventos no Festival Fandom de Petunia Town, Moon pegou nos lucros da venda dos jogos e comprou uma pastilha elástica. Mas essa vinha com prémio: uma viagem para as ilhas do Caribe. Depois de apanhar o vôo para lá, tomou o
ferry para a pequena e desconhecida Ilha dos Cocos. Lá chegando foram-lhe oferecidas duas opções, um refrescante passeio num barco "Banana", ou visitar um galeão pirata. Claro que a moça é aventureira e não pensou duas vezes, tendo escolhido este último. O problema é que os piratas eram verdadeiros e prenderam-na. Para conseguir escapar do galeão tem que ganhar a confiança desses, convencendo-os a dar cada um deles uma chave que permite abrir a arca do tesouro e recolher o bilhete para a liberdade.
O ponto-chave do jogo, tal como no primeiro episódio, é conhecer cada uma das personagens que intervêm na história. Cada um tem expectativas e necessidades diferentes, e só após Moon aplacar todos os seus desejos e entregar-lhe o objecto preferido de cada, é que estes libertam o item que Moon precisa para abrir a arca. Vamos então ver quem são essas personagens:
- Captain Socks: o Capitão do navio, ganancioso por ouro como qualquer pirata que se preze.
- The Voodoo priestess: guia espiritual do navio e especialista em poções e mezinhas caseiras.
- The Cook: por alguma razão tem um ovo mexido na cabeça e para cozinheiro desconhece muitas receitas.
- The Bored Buccaneer: o corsário encontra-se entediado e procura algo para fazer, se bem que a sua noção de divertimento seja um pouco invulgar.
- The Zombie Lookout: apesar de ser muito bom observador, ainda não descobriu que é um zombie verdadeiro.
- The Cabin Boy: o grumete que procura afirmar-se perante os outros piratas.
- Seadog e o Grumpy Boatswain: estão em toda a parte e dão informação muito útil sobre os piratas.
A mecânica de jogo é assim em tudo igual a Moon's Fandom Festival. Os locais é que são obviamente diferentes, pois estamos agora a bordo de um galeão, que podemos percorrer livremente, desde o porão, até ao cesto da gávea. E tal como no primeiro, alguns dos locais apenas podem ser acedidos depois de termos um certo objecto em nosso poder, como é o caso da Ilha dos Cocos (dica: os remos servem para alguma coisa).
De resto, temos que ir cumprindo com as diferentes tarefas para conseguirmos ganhar o respeito dos piratas. É fundamental ler os diários de bordo e os mapas de tesouro, assim como falar com o Seadog e o Grumpy Boatswain, única forma de conseguirmos recolher os pedaços de informação que depois podem ser utilizados como moeda de troca perante os restantes membros da tripulação. Os elementos com os quais podemos interagir vão sendo assinalados sempre que passamos à sua frente, e a informação vai aparecendo em
scroll quando clicamos sobre eles. Método mais simples não podia haver…
É também fundamental procurar o objecto especial de cada um dos elementos, e esses encontram-se escondidos nos baús e cestas que se encontram quer no navio, quer na Ilha dos Cocos. No entanto apenas poderemos ter em qualquer momento três objectos de cada vez, assim como cinco pedaços de informação. Se recolhemos algo novo, irá substituir o mais antigo, pelo que é aconselhável experimentar tudo o que recolhemos com os elementos da tripulação, antes que a informação ou objecto seja substituído por um novo. Mas cuidado, pois a informação errada tende a enraivecer os piratas...
O interface utilizado por IADVD é talvez o melhor deste jogo, pois rapidamente se consegue "entrar" na acção. Apesar de ser uma aventura gráfica, não é demasiado complexa nem sequer é necessário ler um manual de 200 páginas para se conseguir avançar, como acontece com algumas outras. E mais tarde ou mais cedo a solução vai-se desenhando de forma natural à nossa frente, sendo apenas necessário um pouco de persistência. Quem jogou a primeira parte, sabe exactamente aquilo que queremos dizer com isto.
Moon and the Pirates não é assim um jogo para todos. Quem estiver à espera de encontrar uma aventura de arcada imediata ou semelhante às do famoso ovo, não irá seguramente ter paciência para chegar ao fim. No entanto, se o que procuram é algo mais cerebral, pausado, com gráficos interessantes, com o som típico do La Churrera, então irão com certeza gostar deste segundo episódio da saga de Moon. Não sendo deslumbrante, e faltando agora aquele toque de originalidade que tanto cativou no primeiro episódio, consegue manter o interesse até ao fim.
Thanks for the review André! Happy holidays and more games for the year 2020!
ResponderEliminarThank you, wish you the same. It was an wonderful year :)
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