Nome: ZX Master Mind
Editora: NA
Autores: Roberto Zaffa
Género: Puzzle
Ano de lançamento: 2020
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Um programador italiano que desconhecíamos, Roberto Zaffa, lançou muito recentemente ZX Master Mind, que tal como o nome indica, recria o popular jogo de tabuleiro Mastermind. Pensámos nós para os nosso botões: bem, lá vamos nós ter que analisar mais um jogo mais do que batido, a recriar algo que já apareceu mil e uma vezes no Spectrum. E mais desconfiados ficámos, quando olhámos para os gráficos, muito básicos, e o som quase inexistente. Mesmo sendo o tipo de desafio que gostamos, lá teríamos que fazer o frete, continuámos nós a pensar. Mas eis que tudo muda, quando, e ainda antes de ler o extenso e excelente manual criado por Zaffa, no menu inicial aparecem logo várias hipóteses, não muito comuns neste tipo de programas.
Uma nota adicional: vamos também abster-nos de explicar como se joga Mastermind, não só porque está amplamente documentado na internet e no próprio manual que acompanha o jogo, que até faz uma resenha histórica muito interessante, mas também porque já o fizemos aquando da análise a Super Master, criado pelo programador português Lúcio Quintal, desta forma poupando-nos alguma prosa e permitindo-nos focar nos novos aspectos deste ZX Master Mind.
O menu inicial apresenta então quatro opções e uma tabela de pontuações. Duas das opções são imediatamente perceptíveis, nomeadamente as instruções, muito útil para quem não tiver paciência de ler o manual inteiro, logo percebendo que está perante um Mastermind com muitos extras, bem como o modo demonstração, que coloca o computador a jogar contra ele próprio.
A tabela das pontuações apresenta os nossos resultados, mas também do computador, à melhor de cinco partidas. Quer isso dizer que não só nós teremos que decifrar o código colocado o computador, mas o contrário também se aplica, também nós temos a possibilidade de colocar as peças, cabendo ao computador decifrar o nosso código. Primeira das grandes novidades, pois normalmente o Mastermind apenas oferece a primeira opção.
Vamos então seleccionar a opção "you guess my secret code": tal como seria de esperar, cabe a nós descobrir o código de seis cores do computador, havendo para isso nove tentativas. Tudo corriqueiro neste tipo de jogos até vermos que existe informação e opções extra. Assim, no canto superior direito, o computador calcula imediatamente o numero de hipóteses possíveis, tendo em conta as jogadas que já efectuámos. Logicamente que quanto menor o número for, mais facilmente conseguimos decifrar o código. Na primeira jogada, o número de hipóteses é de 1.296 (o manual explica como se chega a esse número), diminuindo à medida que vamos avançando nas jogadas, até chegar, como no caso abaixo, a uma única hipótese, querendo isso dizer que analisando-se as jogadas feitas, teremos connosco todos os dados para se chegar ao resultado certo na jogada seguinte.
Por outro lado, e oura das novidades deste Mastermind, são as opções X, B e F. A primeira delas, X (eXit), termina o desafio. F (Fit codes), coloca no ecrã todas as hipóteses possíveis de chaves, tendo em conta as jogadas feitas (neste caso específico, seleccionando-se essa opção, iria mostrar a chave certa). Finalmente, B (Best codes), indica as melhores opções, por forma a reduzir o número de probabilidades de resposta certa (indicada no fit code), utilizando para isso um algoritmo matemático, que de resto está subjacente a todo o programa.
Também temos a possibilidade de colocar as nossas peças, passando a tarefa de decifração para o computador, que acerta sempre, pois optimiza as probabilidades usando o já referido algoritmo. A média de jogadas que necessita até decifrar o código ronda as 4.5, sendo a nossa melhor hipótese usar uma chave "1123", por forma a aumentar o número de opções possíveis. No entanto, se escolhermos a opção R (Random), as peças são colocadas aleatoriamente. E se quisermos jogar com um parceiro humano, temos sempre a hipótese de escolhermos H (Hide), ficando o código escolhido, escondido.
Todas estas opção surpreenderam-nos por completo, sendo este um jogo que faz parte das nossa preferências, tendo portanto todos os condimentos para ser do nosso agrado. E mesmo quem não esteja familiarizado com o Mastermind, irá de certeza gostar deste trabalho. O melhor que se pode dizer é que ZX Master Mind, ensina-nos, jogando. E ou muito nos enganamos, ou estaremos aqui perante o melhor jogo do género a aparecer para o Spectrum.
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