quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Desolate


Nome: Desolate
Editora: NA
Autor: Patrick Prendergast
Ano de lançamento: 2021
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Desolate tem uma história curiosa. Surgiu pela primeira vez para a calculadora científica TI-83/84 e o seu autor converteu-o agora para o ZX Spectrum. Na altura foi um feito enorme, pois apresentava uma aventura / RPG bastante interessante, introduzindo inclusivamente alguma complexidade. Senão vejamos: consiste em 4 níveis ao longo de 70 ecrãs e 24 objectos que podem ser encontrados e usados, embora para se chegar ao final da missão não seja necessário recolher todos.

A acção é passada numa nave labiríntica e cedo percebemos que algo errado se passa. Na realidade, logo no primeiro ecrã encontramos um membro da tripulação morto, num efeito realista q.b. para nos causar um arrepio na espinha, mesmo sendo os cenários apenas a preto e branco. A ideia foi transpor o jogo exactamente como estava no sistema para o qual foi desenvolvido originalmente, tendo-o conseguido na perfeição.

Há que explorar aprofundadamente todo o cenário, pois no meio do caos, vamos encontrando pistas que nos ajudam a resolver os quebra-cabeças, permitindo avançar na aventura. O primeiro deles é descobrir a chave de acesso das portas do primeiro nível de segurança, única forma de se conseguir aceder a novas zonas da nave (e sair do primeiro ecrã). Se revistarmos os falecidos elementos da tripulação, verificamos que normalmente estes têm uma cartridge que fornece informação importante, quer sejam os códigos das portas, quer sejam pistas que nos ajudam a perceber aquilo que se passou na nave e a resolver as charadas.  


É fundamental ir mapeando a nave, por forma a sabermos os pontos exactos onde nos deslocarmos de forma rápida, pois a partir de certa altura, deparamo-nos com os responsáveis por dizimarem a tripulação da nave. Encontrar a pistola de iões é assim uma das primeira tarefas, pois um tiro certeiro, mete os aliens fora de combate (mais à frente vamos encontrar aliens mais poderosos, esses necessitam de mais tiros).

Desolate consegue então surpreender pela positiva, pois tem um grau de dificuldade devidamente afinado, tem quebra-cabeças bastante objectivos e estimulantes, e mesmo os gráficos a preto e branco, estilo cartoon, contribuem para dar um ar agradavelmente retro a este jogo. As únicas lacunas que encontrámos foi ao nível do som, praticamente inexistente, e os controlos pouco funcionais, exigindo memorizar perto de uma dezena de teclas. Também se dispensava ter que carregar na tecla de "Space" sempre que se quer  atravessar uma porta.

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