domingo, 30 de maio de 2021

A World of One-Way


Nome: A World of One-Way
Editora: NA
Autor: Vitaliy Serdyuk
Ano de lançamento: 2021
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Sinclair
Memória: 16 K
Número de jogadores: 1

Depois de em 2019 Vitaliy Serdyuk nos ter dado a conhecer Yanga, um jogo que apesar de trazer boas ideias, não nos conseguiu convencer na totalidade, muito por força de algumas lacunas que o penalizavam, nomeadamente a ausência de som e a tradução para inglês, lançou já este ano Yanga +, e aqui sim, mostrou todo o seu potencial. E se não fizemos uma review detalhada onde iria ter seguramente uma nota muito boa, foi porque, por norma, não voltamos a analisar jogos que já tenhamos feito a cobertura em Planeta Sinclair (o tempo não o permite). Não obstante, as melhorias na segunda versão impressionaram-nos. Surge agora A World of One-Way, um jogo que tem algumas semelhanças com Yanga. Mais simples, claro, ou não fosse um participante na competição #ASM 2021, para trabalhos com limite de 16K.

O objectivo é muito simples. Ao longo de quase uma vintena de níveis, o nosso personagem (ou personagens, por vezes controlamos vários em simultâneo), tem que alcançar a porta de saída da sala, idealmente recolhendo o máximo de moedas possível, pois estas serão acrescentadas ao nosso pecúlio e poderão ser utilizadas para comprar vidas extra ou obter a password que permite depois continuar no nível onde se ficou. O problema é que o nosso personagem apenas se desloca em linha recta e contínua, até bater em algum obstáculo, levando-o por vezes a armadilhas mortais. É preciso ponderar muito bem os movimentos a fazer.

Se os primeiros níveis são muito imediatas, aos poucos vão sendo acrescentados novos elementos, quase todos a dificultarem a missão. Assim, por vezes as moedas têm um rastilho (quando são tocadas pelos inimigos, por exemplo). Nesse caso, transformam-se em bombas, pelo que é bom não as recolher. Também existem inimigos com fartura, que se deslocam de forma sincronizada com o nosso personagem. Assim, se nos deslocarmos numa determinada direcção, o nosso inimigo irá fazer exactamente a mesma coisa. Há portanto que ter muita atenção às consequências resultantes dos nossos movimentos, nem todas visíveis de imediato.

Apesar da limitação da memória, o programador conseguiu juntar-lhe muita coisa. Os gráficos são muito atractivos (na linha do que se tinha visto em Yanga), e o som interessante, mesmo tendo em conta que não foi possível acrescentar-se uma melodia. Tem ainda o extra de se poder comprar as palavras-passe que permitem continuar o jogo do ponto de onde se perdeu. Mas o melhor de tudo são os cenários e os quebra-cabeças criados, bastante estimulantes, e que convidam sempre a tentar solucioná-los, mesmo quando se perde cinco vezes de seguida o nosso homem, apenas porque nos distraímos a avaliar os seus movimentos, ficando encurralado em qualquer ponto.

A World of One-Way é notável para um jogo de 16K, arriscamo-nos a dizer que será um dos mais sérios vencedores da competição. Venham agora mais níveis numa versão 48K...

1 comentário:

  1. Este é viciante, só parei depois de chegar ao fim. Peca por ter poucos níveis, mas compreende-se pela restrição da competição. Quem sabe o autor não faça uma versão para o 48K.

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