sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Ancient Fighters


Nome: Ancient Fighters
Editora: Extra Vision
Autor: Miloš Novák, František Vojtek, Petr Krevňák
Ano de lançamento: 1994 / 2021
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Quando anunciámos o lançamento da versão traduzida de Ancient Fighters, um jogo Eslovaco de 1994, fizemos um repto à comunidade: se alguém se oferecia para testar o jogo e fazer a review. De facto, o tempo é curto e não conseguimos dar conta de tudo. Como não houve voluntários, optámos então por fazer uma mini-análise, sendo que a alternativa seria deixar o jogo cair no esquecimento.
 
Ancient Fighters é passado na Roma Antiga. Assumimos o papel de três personagens, cada qual vindo de um estrato social diferente, e cada qual com características diferentes (apenas se nota ao nível do armamento). Estes três personagens estão fartos do tirano sanguinário que governa a região e resolvem fazer justiça pelas próprias mãos. Para isso têm que correr os labirínticos calabouços (cada personagem é colocado num calabouço diferente), eliminar todos os inimigos que encontram pela frente, activar as alavancas que desbloqueiam as portas, recolher três objectos e, por fim, encontrarem a saída.


Parece uma história semelhante a muitas outras que originam jogos do género D&G (Dungeons & Dragons) e RPG (Role Playing Game). E tudo começa muito bem, pois os gráficos são bastante agradáveis, em especial a figura dos diferentes inimigos que vamos encontrando pelo caminho (são quatro, com diferentes forças). Quase metade do ecrã é preenchido com o calabouço, tendo do lado direito uma vista aérea de parte do labirinto e a direcção para a qual estamos virados, a arma que temos em nosso poder, os objectos recolhidos, e ainda o número de vidas e a energia restante em baixo. Tudo muito típico do género, até agora.

A movimentação também é interessante, pois apesar do ecrã estar sempre bastante preenchido, não se nota em momento algum redução da velocidade. Pelo contrário, o scroll é bastante suave. Ou seja, em termos técnicos, nada a apontar até agora.

O primeiro problema surge quando encontramos um inimigo. Como cada personagem apenas tem uma arma à sua disposição, limitamo-nos a atacar o adversário, tentando ao mesmo tempo bloquear os seus golpes. Na teoria, tinha todas as condições para que a vertente das batalhas fosse uma mais-valia do próprio jogo. No entanto, na prática a coisa não funciona assim tão bem, pois limitamo-nos a desferir golpes assim que estamos perante o adversário, apostando na sorte, isto é, sem que ele tenha tempo de ripostar. 


Por outro lado, parece-nos que o próprio jogo terá um erro de concepção. Assim, além da aparente facilidade, pois na primeira vez que o experimentámos conseguimos dar cabo de todos os inimigos sem perder (mais um indicador que a vertente da batalha não está bem implementada), no entanto, quando um dos personagens vai ter à porta de saída, deixamos de a ele ter acesso, não podendo voltar a esse labirinto específico. 

Aconteceu-nos isso com dois dos personagens (encontraram a saída), e quando assumimos o papel do terceiro, apesar de ter eliminado todos os inimigos que encontrou pela frente e ter activado todas as alavancas com que se deparou, foi dar a um beco sem saída (foi ter a uma porta bloqueada). O que nos parece é que algures enquanto controlávamos os outros dois personagens, ter-nos-á escapado eliminar algum inimigo e / ou destrancar alguma porta, não possibilitando ao terceiro elemento conseguir chegar ao fim. Limitamo-nos agora a controlar apenas um personagem, que deambula por calabouços sem inimigos, e sem ter possibilidade de chegar à saída.  

Assim, apesar da excelente apresentação de Ancient Fighters e de todo o potencial que parecia vir a ter, pelo meio faltou dar profundidade ao jogo. O que sobra é apenas um exercício monótono, no qual vagueamos sem grande sentido por corredores intermináveis, vazios de inimigos. É caso para dizer que a montanha pariu um rato...

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