segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Covidians


Nome: Covidians
Editora: NA
Autor: Manuel Martínez
Ano de lançamento: 2021
Género: Shoot'em'up
Teclas: Mão redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Manuel Martinez tem-se especializado em pequenos jogos desenvolvidos em Basic compilado. Um deles até achámos bastante piada (Esquinas), no entanto parece-nos que agora escolheu um objectivo demasiado ambicioso para a linguagem utilizada. De facto, não é fácil criar-se um shoot'em'up em Basic que apresente boa jogabilidade. Existem inúmeros casos, quase todos falhados. E num clone de Asteroids já dava a entender que o resultado não seria brilhante...

Covidians traz um tema muito actual, sendo dada pontuação máxima para a chamada de atenção feita pelo programador. Assim, os infectados com Covid andam à solta pelo planeta. Para o salvarmos (o planeta), é necessário que os vacinemos a todos. Para isso controlamos uma seringa, que faz as vezes da nave em Asteroids, e que dispara anti-corpos que devem atingir as células Covid que deambulam pelo ecrã. Se acertarmos, esta desaparece, no entanto por pouco tempo, pois os infectados são uma verdadeira praga que teimam em não desaparecer (estamos perante um desafio interminável, cujo objectivo é fazer a máxima pontuação, como já perceberam).


Ainda antes do jogo começar temos a possibilidade de configurar o tipo de desafio que queremos, diminuindo ou aumentando o grau de dificuldade. Podemos assim definir a velocidade da nossa seringa e das células de Covid, a velocidade do jogo, o número de vidas com que iniciamos o jogo, e a pontuação necessária para se ganhar uma vida extra. Esta última opção pode tornar o desafio muito, muito fácil, pelo que não se aconselha a mexer. De qualquer forma, uma boa ideia a do programador, que acrescenta assim alguma diversidade ao jogo.

No entanto, o jogo não funciona como seria desejável para um shoot'em'up. Os movimentos estão longe de serem fluídos, sendo muito difícil de se controlar a seringa assim que esta entra em movimento. O resultado acaba por ser sempre o mesmo: despenharmo-nos contra um inimigo. O mais indicado é permanecermos sempre no mesmo sítio, desejavelmente no centro do ecrã, onde apenas vamos mudando a direcção da seringa e disparando quando os inimigos se aproximam.  Por outro lado, apenas se pode disparar em oito direcções, tornando o exercício demasiado previsível e de interesse muito limitado. 

Parece-nos assim que o que essencialmente falhou foi tentar utilizar-se uma linguagem de programação para um tipo de jogo que não seria o mais adequado. Um pouco como aconteceu com Stop Virus, que até tem uma temática muito semelhante...

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