terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Tiburón


Nome: Granher
Editora: NA
Autor: Mariano Chiaverano
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Começamos esta mini-review por pedir desculpa a Mariano Chiaverano, mas mais uma vez não conseguimos entender na plenitude o jogo que desenvolveu. Aconteceu isto com Granher, uma ideia engraçada que nunca conseguimos jogar com um mínimo de satisfação, pois as teclas teimavam em não funcionar, fosse qual fosse o emulador que usássemos, e volta a acontecer parcialmente com Tiburón, embora o problema agora não seja "mecânico", mas sim algumas lacunas, muitos bugs e confusão na própria concepção do jogo, que mesmo sendo em Basic puro e para 16K não são atenuadas.

Tiburón recria Jaws, o galardoado clássico de Spielberg, no qual um enorme tubarão branco aterroriza os banhistas, até finalmente ser eliminado. O mesmo acontece aqui, pois assumimos o papel de Quint, que tem que encurralar o tubarão, colocando depois a armadilha que o elimina e permite avançar para o nível seguinte (existem cinco níveis). Cada nível tem uma forma diferente de encurralar o tubarão, conferindo alguma diversidade, 

A primeira falha na concepção tem a ver com a colocação das pranchas, que permitem a Quint colocar-se a salvo do tubarão, assim como encurralá-lo e levá-lo à armadilha. Mas as pranchas são em número muito limitado, são colocadas por baixo de Quint (às vezes, outras vezes como que desaparecem), e apenas podem ser colocadas verticalmente, o que não se entende a razão. No final do dia, não se percebe qual a lógica na colocação das pranchas, e sendo que isto é fulcral para se gizar a estratégia para a captura do tubarão, a jogabilidade é fortemente penalizada.

Quint também não pode andar na água, quando isso acontece perde uma vida, mesmo estando adjacente às pranchas que colocou. E quando coloca a armadilha, esta apenas está activa durante uns segundos, depois evaporando-se. Tendo em conta que o tubarão deambula aleatoriamente  pelo ecrã, acima de tudo é necessário sorte para que o tubarão vá até ao quadrado que tem a armadilha. Apenas para dar um exemplo: no nível 3 ultrapassámos o nível sem que para isso tivemos que fazer alguma coisa, pois, por um golpe de sorte, o tubarão meteu-se na armadilha (nesse nível a armadilha aparece por defeito no cenário).

O jogo tem também vários bugs que influem irremediavelmente na jogabilidade. Desde o tubarão não aparecer no ecrã (como surge aleatoriamente no início do nível, provavelmente foi colocado por cima de algum elemento do cenário), até sair do ecrã, crashando o jogo, de tudo nos aconteceu um pouco. Assim, a nossa experiência com Tiburón foi muito pouco satisfatória, infelizmente refletindo-se na nota final. Acima de tudo parece-nos que faltou quem testasse devidamente o jogo...

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