sábado, 13 de março de 2021

Metropolis

 

Nome: Metropolis Editora: Topo Siglo XXI
Autor: Jose Manuel Perez, Alfonso Borro, ACE, Gominolas, Jose Manuel Lazo
Ano de lançamento: 1989 / 2021
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

E o décimo quarto jogo a sair com o selo da Team / Topo Siglo XXI é Metropolis, um beat'em'up de 1989, e que ao contrário de outros títulos da mítica editora espanhola, não teve tanto reconhecimento, pelo menos em Portugal. Não o descobrimos na altura, pelo que foi agora uma boa surpresa experimentá-lo, mesmo não chegando ao patamar de um Renegade ou de um Green Beret. Também seria difícil, pois existe alguma repetitividade, no entanto, a qualidade e riqueza gráfica torna-o bastante interessante. O jogo faz-nos também lembrar um pouco R.A.M., nomeadamente ao nível gráfico, mas com uma melhor jogabilidade e um nível de dificuldade mais ajustado (era uma das principais pechas).

A história inspira-se um pouco no clássico de Fritz Lang com o mesmo nome. Metropolis foi o último vestígio de civilização na Terra após a hecatombe nuclear. As grandes cidades desapareceram, restando esta. No entanto, é uma cidade sem lei, onde os bandidos convergiram, fazendo reinar o caos nas ruas. Eram poucos os que ainda tinham força para tentar estabelecer a ordem. Estes eram chamados de "Townsmans", e o seu líder, Geitor, é um guerreiro temido, preparado para liderar um grupo disposto a fazer qualquer coisa para fazer regressar a lei. Mas o desafio não é nada fácil, pois Geitor tem que percorrer toda a cidade até chegar ao quartel general, onde as leais forças o esperam, para então fazer avançar a rebelião final.

A cidade é uma enorme armadilha, cheia de perigos por trás de cada esquina, e com uma infinidade de inimigos prontos para acabar com as aspirações de Geitor. No entanto, este tem os seus trunfos. A sua habilidade com a espada e sua reputação torna-o temido pelos seus inimigos, tanto que vão aos magotes tentar eliminá-lo. Estes pertencem a três diferentes raças, os Guerreiros da morte, armados até os dentes e tremendamente habilidosos no manuseio de armas, são perigosíssimos. Os "Dartfires", mutantes deformados que cospem bolas de fogo, são bastante esquivos. E finalmente, as "Girlkiller", uma raça de mulheres violentas descendentes das antigas amazonas, que também cospem bolas de fogo. Todos têm um objectivo em comum: Matar Geitor.

Para cumprir a missão é necessário ainda desactivar cinco tanques nucleares escondidos em vários pontos da cidade e fortemente protegidos. Assim que detectam Geitor, bombardeiam-no, até que este deixe de estar ao alcance do fogo inimigo. E é mesmo necessário encontrar e aniquilar os cinco tanques, doutra forma não é possível cumprir com a missão (experimentem a chegar ao fim, e irão ver o que acontece, ou melhor, o que não acontece - tivemos que fazer o caminho todo de volta, voltando a enfrentar os mesmos inimigos, para encontrar os tanques em falta, só então pudemos concluir a missão).

A cidade tem também níveis superiores, acessíveis através dos elevadores. Só assim se consegue chegar às galerias mais elevadas, mas essas são ainda mais perigosas, pois um passo em falso, e Geitor vai inapelavelmente parar ao piso térreo, com as consequências que já se esperam. Este só tem uma vida, mas consegue suportar uma série de golpes antes de perecer. A energia que tem vai desaparecendo sempre que é atingido, no entanto, à medida que vai eliminando os inimigos, vai recuperando alguma. É assim possível voltar a ecrãs mais fáceis, onde os inimigos reaparecem, e tentar recuperar os níveis energéticos.

Depois de eliminados os cinco tanques nucleares, Geitor terá que passar a ponte de Haigler e ir para o ponto mais alto da cidade. Só ai poderá dar a missão como concluída, fazendo a rebelião triunfar e restabelecer a ordem em Metropolis.

O jogo, ao contrário da maioria dos que vinham dos nossos vizinhos Espanhóis, tem um nível de dificuldade bastante acessível. Rapidamente descobrimos a forma de eliminar cada uma das raças inimigas sem que essas nos inflijam grande dano. A jogabilidade é assim mais consistente, permitindo que mesmo aqueles que não são tão hábeis, possam, após explorar todos os recantos da cidade, chegar ao fim. E depois de se eliminar os inimigos de cada ecrã, é possível descansar um pouco (os inimigos não surgem a toda a hora), retemperando forças e permitindo planear devidamente o caminho que se vai fazer a seguir (mapear a cidade será útil). 

Os gráficos são belíssimos, como já é habitual nos jogos vindos da Topo Soft, e se algo há a apontar a Metropolis, é alguma lentidão e sobretudo a repetitividade, que infelizmente poderá retirar alguma longevidade a este jogo. Sendo sempre os mesmos inimigos, e a cidade, embora grande, não tendo grandes desvios poderá originar alguma monotonia ao final de algum tempo. No entanto, até descobrirmos a forma de completar a missão, seguramente que nos irá prender ao ecrã.

Metropolis está agora a ser relançado, podendo a versão portuguesa, traduzida por nós, ser aqui descarregada. Se existir interesse por parte da comunidade portuguesa, poderá haver versão física (para já apenas em castelhano e inglês).

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