terça-feira, 13 de abril de 2021

Sorcery Island


Nome: Sorcery Island
Editora: NA
Autor: José Manuel Gris
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

O autor de Sorcery Island é José Manuel Gris, que já tinha prometido uma proeza com um jogo programado em Basic (compilado), Colonos ZX, e que tem uma mecânica semelhante a este Sorcery Island. Mas conseguiu agora superar tudo o que se esperaria, ainda por cima em duas partes, num jogo enorme. E tal como era habitual nos jogos espanhóis de há 30 anos, para se carregar a segunda parte, é necessário completar a primeira, sendo-nos dada então a senha de acesso. Mas vamos primeiro à história deste magnífico jogo...

Ozzy, o ambicioso e malvado feiticeiro, roubou os objetos mágicos dos melhores magos. Estes objectos tem a faculdade de tornar qualquer pessoa como a mais poderosa do mundo. E nós, na pele do mago Ronnie, acabados de chegar à ilha das Pedras Vermelhas, temos que encontrar o livro de feitiços sonegado. Foram muitas as bruxas e magos que o tentaram recuperar, mas nunca mais foram vistos, pois a ilha é protegida por terríveis seres convocados por Ozzy, existindo até rumores de que alguns deles vieram de outras dimensões e de planetas distantes.

O jogo consiste assim em duas partes, que embora partilhem a mesma mecânica, têm algumas diferenças. Curiosamente, até achámos a segunda parte mais fácil que a primeira, não só porque logo de início temos a faculdade de disparar contra os nossos inimigos, mas também porque uma boa parte deles são eliminados com apenas um tiro. Nem todos, cuidado, e quando chegarmos ao ecrã final, veremos que é fundamental termos uma boa reserva de energia, doutra forma não conseguimos eliminar os dois inimigos finais e sair vivos do castelo.

Mas tudo começa de forma mais ou menos pacífica. Acostamos o barco na ilha e passados uns momentos vemos os primeiros seres. Estes têm que ser evitados, pulando para locais seguros, pois nesta altura do campeonato ainda não temos o feitiço que permite disparar. Este feitiço (tem a forma de um projéctil), é mesmo o primeiro objecto a procurar, pois só desta forma conseguiremos eliminar o guardião do medalhão, objecto que temos que entregar à fada madrinha. Se o conseguirmos, esta entrega-nos então a chave que permite abrir a porta do castelo, acedendo-se ao segundo nível, após nos ser dada a respectiva password.   

Nesta primeira parte, os inimigos, embora não sejam particularmente difíceis, necessitam de cinco tiros até serem eliminados, excluindo os guardiões que necessitam de bastante mais, e os cenários são um pouco labirínticos. Há várias formas de chegar aos diversos locais, mas em alguns ecrãs teremos que activar as alavancas que desbloqueiam os acessos ao seguinte. 

A segunda parte é passada no castelo e o objectivo é encontrar Ozzy e matá-lo. Este é bastante traiçoeiro, como iremos ver quando lá chegar. A maior dificuldade desta segunda parte não é tanto os inimigos que vamos defrontar (excluindo os guardiões), mas os lagos de lava que têm que ser evitados a todo o custo, exigindo autênticos malabarismos sobre as inúmeras plataformas que povoam as salas do castelo. Alguns dos inimigos (os répteis gigantes) necessitam de mais tiros e, quando atacados, voltam-se contra nós. Mas não é particularmente difícil encontrar ponto seguro para os eliminar. Além disso, parece-nos que esta segunda parte é um pouco mais pequena, mas talvez seja por o caminho ser mais directo e não termos que repetir ecrãs.

O programador foi também generoso, pois colocou alguns magos sábios pelo caminho que nos dão conselhos muito úteis, saibamos nós ouvi-los. Além disso, existem reservas de energia suficientes para conseguirmos chegar ao fim, isto se conseguirmos dominarmos o sistema de controlo do nosso personagem. É preciso não esquecermos que estamos perante um jogo em Basic, no entanto, tendo em conta a linguagem com que foi desenvolvido, a fluidez é realmente impressionante. Já para não falar da vertente gráfica, sendo que os ecrãs que aqui deixamos são uma boa amostra daquilo que nos espera em Sorcery Island.

O jogo é muito divertido e traz-nos à memória os bons velhos tempos de Fred e de outros jogos espanhóis. Nota final para a bela musiquinha do menu inicial e os efeitos de border. É caso para dizer: What kind of sorcery is this? 

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