quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Klox


Aqui está mais uma bomba! Com direito a kriptonita e tudo...

Zé Oliveira, da Zarsoft, autor de JIM (Jogo de Inteligência Memórica), o primeiro jogo conhecido português para o ZX Spectrum, e que nas últimas semanas, além de um cartão de Natal, tem sido responsável por uma rubrica semanal em Planeta Sinclair (BASIC Apascalado), presenteou-nos com um novo jogo.

Quem conhece o Zé, sabe do seu gosto pela BD. Não é assim de estranhar que logo no ecrã de carregamento surja o Super Homem, figura carismática e que já tem sido representada noutras das suas obras. 

Logo no carregamento, vale a pena ver os efeitos visuais fora do comum. Depois do jogo entrar, surge um primeiro ecrã com uma breve explicação daquilo que vamos encontrar em Klox. Rapidamente percebemos que estamos perante um quebra-cabeças, sendo o objectivo colocar as peças, devidamente numeradas, pela ordem correcta.

Começamos então o desafio e é-nos apresentado um tabuleiro com nove peças. Oito delas estão numeradas, a nona apresenta o Super Homem e representa a casa em branco. O Super Homem, com a ajuda da nossa super-inteligência, vai empurrando as linhas ou colunas, movendo as peças. Os primeiros níveis são muito fáceis, sendo mera aprendizagem para que se perceba o conceito do jogo, que de resto é bastante imediato. Mas a partir do nível 10, as peças surgem de forma mais desordenada no tabuleiro, e temos que suar um pouco mais até encontramos a ordem correcta. Caso estejamos bloqueados, temos sempre hipótese de recomeçar o desafio. Depois de chegarmos ao nível 6, podemos optar para passar para um puzzle maior e mais complicado – especialmente complicado porque os números estão escritos em kriptonês!

Klox é assim um quebra-cabeças muito simples, fazendo lembrar os puzzles jigsaw. Mas os conceitos mais simples, por vezes (como é aqui o caso), são os que funcionam melhor. Para quem gosta do género, tem aqui divertimento para muitas horas. 

O Zé andava afastado destas andanças, mas decidiu meter as mãos na massa quando viu que estava a ficar ultrapassado pelo colega Domingues Silva e pelo próprio filho, quando este fez Joker, um remake do jogo História de Portugal de Domingues Silva. E habituado como está às novas linguagens,  escreveu o jogo em BASIC Apascalado, isto é, sem GOTO's. Para acelerar a animação, o primeiro puzzle tem as rotinas de scroll compiladas pelo compilador de Boriel. O segundo puzzle foi programado apenas em BASIC, para podermos comparar a velocidade entre um programa interpretado e um compilado.

Poderão vir aqui descarregar o jogo ou, se preferirem jogar online, podem fazê-lo aqui, na página da Arca Lusitana.

6 comentários:

  1. Mais um português a usar o compilador Boriel ZX BASIC (pelo menos, em parte)! :)

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    1. Também tem CM pelo meio :)

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    2. O código máquina foi gerado pelo compilador ZX BASIC de Boriel.

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    3. Sim, é um compilador muito bom.

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  2. E que tal afiar as unhas directamente em assembly ?

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    1. Ando demasiado ocupado para isso.
      O meu filho anda a programar em x86-64.
      Em 1984 adaptei um assembler para trabalhar com a vírgula flutuante do Spectrum...

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